A redução gradual das taxas de juros nos EUA impulsiona o desempenho das ações no Brasil
Ações de empresas cuja exclusão do programa Tariff Rate Identification Number (TRIN) nos Estados Unidos subiu na B3, nesta quarta-feira.

O anúncio dos Estados Unidos, na quarta-feira (30.jul.2025), sobre a flexibilização da lista de produtos brasileiros sobretaxados no país e o adiamento da aplicação das tarifas para o dia 6 de agosto, impactou o desempenho de ações de empresas exportadoras.
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Entre as empresas que incluem setores não contemplados na lista de tarifas, houve um desempenho elevado. A Tupy, multinacional brasileira do setor metalúrgico, encerrou o dia na B3 com valorização de 2,28%.
Segue o desempenho das operações das empresas no fechamento do mercado desta quarta-feira:
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O desempenho positivo de algumas empresas brasileiras decorre da exclusão de produtos específicos – com os quais elas atuam – da lista de tarifas incideis dos Estados Unidos. O governo americano publicou os itens que ficaram temporariamente isentos de tarifa.
Os produtos que não serão taxados:
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Café, frutas e carne bovina não foram incluídos na lista de isenções. Segue a íntegra do anúncio da Casa Branca, em inglês (PDF – 1.732 kB).
Reintegração das Empresas
A Alpargatas comunicou a este jornal digital que não realizará avaliação da situação, estando em período de silêncio – divulgará resultados financeiros nos próximos dias – mas que, em curto e médio prazo, se aplicadas, as tarifas não terão impacto significativo.
A empresa afirma que todo o volume de carga a ser comercializado nos EUA no segundo semestre de 2025 já se encontra armazenado no país. Para 2026, a empresa anunciou que não fará previsões.
A Abiec comunicou que acompanha de perto a decisão de Trump de reter tarifas sobre o produto enviado aos EUA. De acordo com a associação, as novas tarifas aumentaram a tributação do setor para 76,4%.
A aplicação de uma nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, sem isenção para a carne bovina, a partir de 6 de agosto, somada à alíquota atual de 26,4%, levará a carga tributária total a ultrapassar 76%, comprometendo a viabilidade econômica das exportações ao mercado norte-americano.
A Abic afirmou que, apesar do produto ainda constar na lista de itens sujeitos a tributação adicional nos EUA, a flexibilização de produtos anunciada por Trump indica a possibilidade de negociação com o país.
A lista de exceções indica espaço para negociações. Há, na história recente das relações comerciais, casos de outros países com reversões de escalada de tarifas, afirmaram em nota.
A Suzano declarou, por meio de comunicado, que não se pronunciará sobre o tema neste momento.
Este jornal digital também buscou, por e-mail, a Tupy, CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), Klabin, WEG, Randon, Iochpe-Maxion, CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Abal (Associação Brasileira de Alumínio), Usiminas e a Taurus. Não houve resposta até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações.
Fonte por: Poder 360