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A rotação nos mercados de trabaloé mais alta entre a Geração Z, afirma um estúdio

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Estudos conduzidos por consultoria LCA indicam que o país alcançou uma taxa récord de mudanças na indústria do emprego, com a maior parte deste impulso atribuído à Geração Z.

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A investigação indica

Empresas que estão “em transição”

De acordo com especialistas ouvidos pelo Metrôpoles na reportagem publicada ao final de março, as empresas ainda têm muito trabalho para fazer até se conectarem efetivamente à Geração Z, permitindo que possam mobilizar este grupo em torno dos objetivos do negócio.

“As empresas estão passando por uma transformação. algumas delas encontraram um momento mais maduro principalmente no setor tecnológico com cultura das startups”, afirma Taíva Magalhães, diretora de Recursos Humanos da Sólides. “Depende muito do instante e foco dessa organização. As empresas estão em diferentes etapas neste período de transformação. Algumas ainda não reconheceram necessidade preparativa”, explica Taíva.

“Quem não reconheceu já terá que fazer isto em breve pois estamos falando sobre mão-de-obra que está chegando com força no mercado do trabalho. É um bom momento para as empresas ainda sem preparação começarem a olhar nesse assunto.” Essa é uma advertência à diretora de RH (Recursos Humanos).

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Para a economista Carla Beni, professora da Fundação Getulio Vargas (FGV), conselheira do Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo (Corecon-SP) afirma que há uma grande diferença no modo como lidam com o trabalho entre a geração Z e as geradas anteriores, tais quais os millennials (nascidos entre 1981 e 1996), a Geração X (1965-1980) e baby boomers (1946 – 1964).

“Ocorreu uma alteração na visão do mundo. Para a Geração X, o trabalho é considerado como sendo essência de vida da pessoa. A tal pontua que muitas dessas pessoas se sentem perdedoras ao aposentar-se. Em contraste, para a geração Z, o emprego faz parte da vida mas não representa sua identidade ou finalidade vitalícia.”

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A geração X e os baby boomers não foram criados para serem felizes. Esse propósito na vida nem era discutido originalmente. Você precisava produzir, obter resultado e sustentar-te com seu trabalho.”, continua a economista.”Esta nova geração busca um objetivo, uma qualidade de vida. Ela quer ser feliz, embora esse conceito seja subjetivo e, por mais paradoxo que possam parecer as vezes também traga grande componente sofrimento”.

Físico (presencials), Híbridos ou Trabalho a partir da casa (home-office)?

Cinco anos após o início da pandemia persiste como ponto de conflito sensívemente delicado entre funcionários e patrões (neste caso, não somente pertencentes à Geração Z) a questão do formato de trabalho – 100% presencial ou hibrido/home office. Para os empregados mais jovens, uma opção mais flexível sem horários tão rígidos é um dos diferenciais atrativos que uma empresa pode oferecer.

“A maior parte do retorno à trabalho 100% presencial é necessidade de Geração X e dos baby boomers”, afirma Carla Beni, da FGV (Faculdade Getulio Vargas). Esses duas gerasões foram muito sacrificadas ao longo das suas vidas e aprenderam a pensar dessa forma.

“Existe também uma situação financiera em debate, pouco abordada. As empresas já tiveram capital imobilizado, construíram edifícios, possuem salas de reuniões e precisariam dar uso a isso. Abrir mão do que comprou faz com as empresas desejarem colocar novamente pessoal sentado em cadeira para trabalhar, mesmo sabendo que não necessariamente aumenta produtividade.” Diz uma economista sobre o assunto. “Vai vender a edificação? Vá vendê-la metade da edifício? Isso também é um processo decisório relacionado às questões patrimoniais e financeiras”.

Uma pesquisa da consultoria imobiliária JLL indica que a taxa de vazio (percentual de edifícios comerciais disponíveis para locação) está caindo gradativamente nos últimos anos, se aproximando dos nível pré-pandemia. Em São Paulo, no 4º trimestre do ano de 2024 houve uma redução de 2,6 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior.

“A Geração Z é uma geração baseada em experiências e você precisa ter motivos que justifiquem sua presença nela. Por instancemso, essa geração se destaca por estar muito envolvida com jogos. Quando oferecemos eventos ou atividades relacionadas à gamificação, isto aumentará a conexão desses jovens”, afirma Távira Magalhães. “Um ambiente presencial é ideal para promover interações e não isolamento. A prática de aprendizagem em equipe – mesmo que sejam equipes diversas – são exemplos claríssimos da necessidade deste trabalho”, defende ele.

De acordo com as estimativas do consultoramento McKinsey, já atua na mão-de-obraglobal um segmento conhecido como Geração Z que representa aproximadamente 27%. Esse número deve chegar aos 30% nos próximos cinco anos.

Fonte: Metrópoles

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