Os aviões de guerra russos que sofreram danos, mas não foram destruídos, em um ataque ucraniano no último domingo (1º), serão restaurados, anunciou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov.
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Drones ucranianos atacaram campos de aviação na Sibéria e no extremo norte, onde Moscou mantém bombardeiros pesados que compõem suas forças nucleares estratégicas.
Os Estados Unidos estimam que 10 aeronaves foram atingidas e cerca de cinco destruídas, segundo duas fontes americanas à Reuters, um número que é aproximadamente metade da estimativa do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
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Ryabkov, que supervisiona a diplomacia de controle de armas, declarou à agência de notícias estatal TASS: “O equipamento em questão, também declarado por representantes do Ministério da Defesa, não foi destruído, mas danificado. Ele será restaurado.”
Não ficou imediatamente claro com que velocidade a Rússia conseguiria reparar ou substituir a aeronave danificada — se conseguiria —, considerando a complexidade da tecnologia, a idade de alguns aviões da era soviética e as sanções ocidentais que limitam as importações russas de componentes sensíveis.
Imagens de satélite comerciais coletadas após o ataque de drones ucranianos indicam o que especialistas da Reuters acreditam serem bombardeiros estratégicos russos Tu-95 e bombardeiros de longo alcance Tu-22 Backfire, que Moscou utilizou para lançar ataques com mísseis contra a Ucrânia.
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O presidente russo, Vladimir Putin, informou ao líder dos Estados Unidos, Donald Trump, em contato telefônico na quarta-feira (4), que Moscou responderia aos ataques, segundo relatou Trump.
A Rússia mantém uma força aérea que inclui cerca de 67 bombardeiros estratégicos, totalizando 52 aviões Tu-95, denominados Bear-H pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), e 15 aeronaves Tu-160, conhecidas como Blackjacks, com aproximadamente 58 unidades em atividade, conforme relatório da Bulletin of the Atomic Scientists.
O Boletim indica a presença de 289 caças e bombardeiros não estratégicos, como Tu-22, Su-24, Su-34 e MiG-31.
A Rússia não forneceu detalhes sobre quais aeronaves foram danificadas, mas declarou que a Ucrânia atacou cinco bases aéreas.
O Tu-95 e o Tu-22 são aeronaves da época soviética, em operação há muitas décadas.
A holding estatal de defesa Rostec declarou em 2024 que versões modernas e renovadas do Tu-95 estão em operação e que não existem projetos de desativação da aeronave.
O modelo mais recente, um Tu-95MSM, está em desenvolvimento e realizou seu primeiro voo de teste em 2020. A Rostec afirmou que ele representa uma atualização notável que elevará a eficiência e a longevidade da aeronave.
A United Aircraft Corporation, subsidiária da Rostec que produz aeronaves, declarou que o Tu-22M3 estava em produção em série desde 1978 e foi colocado em serviço militar em 1989.
A Rostec não respondeu prontamente ao pedido de esclarecimentos sobre os desafios específicos relacionados a peças para a aeronave.
Fonte por: CNN Brasil