A Rússia afirma que “não possui mais restrições” em relação à instalação de mísseis de médio alcance
A Rússia suspendeu as restrições sobre a utilização de mísseis de curto e longo alcance, justificando a decisão com base em uma suposta ameaça provenien…

A Rússia anunciou na segunda-feira (4) a suspensão da moratória na implantação de mísseis de curto e médio alcance, e, na terça-feira (5), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que Moscou se considera no direito de tomar medidas para implantar mísseis terrestres de médio e curto alcance se necessário.
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A Rússia não possui mais restrições sobre o assunto. A Rússia não se considera mais limitada em nada. Consequentemente, a Rússia se considera no direito de tomar as medidas adequadas, se necessário, afirmou Peskov.
Na segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que as condições para a manutenção das restrições unilaterais sobre a implantação de mísseis não existiam mais, mencionando a retirada unilateral dos EUA do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), realizada por iniciativa do presidente Donald Trump ao final de seu primeiro mandato.
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Trump justificou a saída do tratado apontando para as violações de disposições do acordo por parte de Moscou, o que foi contestado pelo Kremlin. Moscou também se retirou do tratado, anunciando uma “moratória voluntária” de não implantar tais armamentos, sob a condição de que a OTAN e os EUA também o fizessem.
Conforme a chancelaria russa, nos últimos anos Moscou manteve sua contenção e não respondeu simetricamente, comprometendo-se voluntariamente a não implantar mísseis de curto e médio alcance até que armas americanas semelhantes surgissem em determinadas regiões.
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Portanto, a diplomacia russa sustenta que tais esforços não receberam resposta, e os países ocidentais iniciaram a instalação de suas armas, enquanto as iniciativas russas permaneceram sem resposta.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores russo, nos últimos anos tem aumentado a implementação efetiva de mísseis de fabricação dos EUA na Europa e na região da Ásia-Pacífico, e potenciais de mísseis estão sendo formados e expandidos em regiões adjacentes à Rússia, o que, segundo Moscou, representa uma ameaça à segurança do país e cria tensões perigosas entre potências nucleares.
O vice-presidente do Conselho de Segurança e ex-presidente russo, Dmitry Medvedev, considerou a decisão de revogar a suspensão da moratória sobre mísseis de médio e curto alcance como consequência da “política anti-russa dos países da OTAN”. Ele afirmou que os “oponentes” da Rússia terão que enfrentar a “nova realidade”.
Fonte por: Brasil de Fato