A Turquia está pronta para receber pacientes com câncer de um hospital em Gaza que foi fechado
03/11/2023 às 3h24
A Turquia está pronta para receber pacientes com câncer do hospital da Amizade Turco-Palestina de Gaza, que ficou fora de serviço na quarta-feira (1º) após ficar sem combustível, disse o ministro da Saúde, Fahrettin Koca, nesta quinta-feira (2).
No Hospital da Faixa de Gaza, o único local de tratamento de câncer, foi obrigado a fechar devido aos bombardeios de Israel, afirmaram as autoridades de saúde nesta quarta-feira.
Em uma postagem Am pessoa Koca nas redes sociais, ele afirmou que, se houver organização adequada, a Turquia está disposta a receber pessoas que possuem câncer ou precisam de ajuda imediata para continuar seu tratamento médico.
Koca afirmou que estamos prontos para ajudar no tratamento de pacientes com câncer que foram obrigados a deixar o hospital por falta de recursos.
“Infelizmente, a comunidade internacional e as instituições relevantes não fizeram o suficiente para evitar os ataques ao hospital. Agora, temos o dever de salvar a vida dos pacientes e não podemos fugir dessa responsabilidade”, acrescentou.
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Os Emirados Árabes Unidos anunciaram hoje que pretendem cuidar de mil crianças palestinas de Gaza, mas não informaram ainda como será feito o transporte delas do cenário de guerra até o estado do Golfo.
Até agora, a Turquia mandou mais de 200 toneladas de ajuda e uma equipe médica ao Egito para ajudar as pessoas de Gaza. Também ofereceu para montar um hospital temporário perto da fronteira de Rafah. O país criticou duramente os ataques de Israel em Gaza e pediu que parem.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, disse nesta quinta que quatro pacientes com câncer morreram porque o Hospital da Amizade Turco-Palestino, a única unidade de tratamento de câncer em Gaza, estava fora de serviço.
Em uma atualização feita pela Medical Aid for Palestinians, o Dr. Marwan Abusada, chefe de cirurgia do Hospital Al-Shifa de Gaza, disse que a situação era “além de catastrófica” nos hospitais de Gaza.
“Estamos quase sem combustível? Temos muitas pessoas se deslocando e buscando refúgio no hospital devido aos feridos e ao conflito. O número de feridos no Al-Shifa já ultrapassa 800, muito além do que podemos atender.”
Ele informou que várias pessoas sem moradia estavam morando no espaço externo e dentro do prédio do hospital, inclusive em seus corredores. Ele destacou que havia um grande risco de epidemias se espalharem entre os pacientes e os desabrigados.
“As salas do pronto-socorro estão lotadas. Temos capacidade zero para tratar todos os feridos. A cada hora, dezenas de feridos chegam para receber tratamento. Estamos enfrentando uma verdadeira catástrofe”.