No sábado (9), a Ucrânia informou que a Rússia fez quase 100 ataques aéreos em todo o país em apenas um dia. A primeira-dama ucraniana também alertou que a Ucrânia está correndo sério risco sem o apoio militar do Ocidente.
Segundo uma publicação nas redes sociais do Estado-Maior Ucraniano, o inimigo atacou com 28 mísseis e 27 ataques aéreos, disparando 59 vezes de vários sistemas de lançamento de foguetes contra posições militares ucranianas e áreas povoadas. Isso ocorreu no sábado.
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Várias regiões do leste foram atacadas, como Kharkiv, Luhansk e Donetsk, onde aconteceram alguns dos combates mais intensos.
Os ataques acontecem depois que as autoridades ucranianas detectaram mísseis de cruzeiro pela primeira vez em quase 80 dias, e há informações de inteligência ocidental de que a Rússia possivelmente vai aumentar os bombardeios em áreas civis durante o inverno.
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De acordo com Oleksandr Prokudin, chefe da administração militar da região, as forças russas realizaram 62 bombardeios na região ucraniana de Kherson. Foram disparados mais de 300 projéteis, incluindo morteiros, artilharia, Grad, tanques, UAVs e aeronaves.
De acordo com autoridades locais, no sábado de manhã, as forças russas lançaram um explosivo de um drone na cidade de Beryslav, causando a morte de um civil e ferimentos em outro por estilhaços.
Uma mulher de 47 anos de Kherson foi ferida em um ataque na noite de sexta-feira (8), no qual edifícios e infraestruturas foram danificados. Ela está sendo tratada em um centro médico, de acordo com Prokudin.
O Ministério Público da região de Kherson disse que foi lançada uma investigação pré-julgamento “sobre violações das leis e costumes de guerra”.
“Se as pessoas cansarem do mundo, elas apenas deixam a gente morrer.”
A Rússia fez ataques recentes enquanto a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, conversava com a BBC. Isso aconteceu porque os republicanos no Senado dos EUA impediram a ajuda externa.
“Estamos realmente precisando de ajuda”, disse Zelenska. “Simplificando, não podemos ficar cansados dessa situação, pois isso pode nos levar à morte.”
Zelenska disse que, se o mundo se cansar de nós, eles apenas deixarão que morramos. Os combates na Ucrânia continuam intensos, apesar do pouco movimento nas linhas da frente.
A Rússia está fortemente pressionando para tomar a cidade de Avdiivka, no leste, onde os soldados estão enfrentando uma guerra de trincheiras difícil.
Durante uma viagem à capital dos EUA na quinta-feira (7), o secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, David Cameron, chamou os Estados Unidos de “o eixo central” da coalizão ocidental que apoia a luta da Ucrânia contra a Rússia e pediu aos legisladores dos EUA para “elevar o moral” da Ucrânia, aprovando um pacote de ajuda para Kiev.
Ele acrescentou que “a pior coisa do mundo seria permitir a vitória de Putin na Ucrânia”.
“Ficamos muito tristes ao ver indícios de que a determinação em ajudar está diminuindo”, disse Zelenska à BBC. Ela também acrescentou: “Isso é algo muito importante para nós e nos entristece ver essa situação.”
