A União Progressista não tem progresso e apenas demonstra falta de união

Um grande nome da direita que se aproxima de Bolsonaro.

30/04/2025 5h44

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(Imagem de reprodução da internet).

Sem olhar para trás não se projeta o que virá. Senhoras e senhores, entrou em campo a União Progressista, a maior federação de partidos jamais formada desde a redemocratização do país em 1985. Ela promete fazer oposição a Lula, embora não abdique dos quatro ministros que tem no governo.

A concepção do roteirista do filme “Brasil” é que um ditador, deposto pelos militares que o sustentavam, possa retornar ao poder por meio do voto popular e, em seguida, cometer suicídio para não ser novamente deposto. Assim ocorreu com Getúlio Vargas. E o povo, que no dia anterior exigia sua cabeça, com o suicídio passou a pedir a cabeça de seus algozes.

Jânio Quadros renunciou à presidência após seis meses, sem pressão, buscando retornar aos “braços do povo” e diante de um Congresso enfraquecido.

Será que um político omitiu o tratamento de sua saúde por longos meses para evitar qualquer impedimento em sua ascensão a um presidente que demonstrava preferência pelo odor de cavalo em detrimento do odor de povo? Tancredo Neves foi eleito. Na véspera de sua posse, foi realizada uma operação. Assumiu seu vice, José Sarney. Tancredo faleceu após ser submetido a sete cirurgias.

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Bolsonaro, realmente. Ele próprio não acreditava em sua eleição, muito menos com o apoio das forças armadas. Disputou a eleição para impulsionar a trajetória política dos filhos. Pretendia desfrutar da vida com sua terceira esposa, Michelle, e atribuía o nascimento de uma filha a um deslize. Foi o único presidente candidato à reeleição derrotado.

A União Progressista, uma união dos partidos União Brasil e Progressistas, remete à Arena, o partido da ditadura militar de 64. Seu DNA é o mesmo: conservador, de direita extrema se necessário, capaz até de flertar com um golpe, a depender das circunstâncias. ACM Neto, um dos seus expoentes, afirma:

Bolsonaro é um personagem político com um tamanho e densidade eleitoral inegáveis no campo da direita. É necessário considerar seu peso e tamanho para construir um projeto de enfrentamento ao PT sério, competitivo e vitorioso. É preciso dialogar.

É preferível dialogar com um golpista, às vésperas de ser condenado e preso por tentativa de abolição da democracia, do que dialogar com Lula, o principal alvo dos golpes fracassados de dezembro de 2022 e de janeiro de 2023. Quem sai aos seus não degenera. E do ventre da Arena saíram o União e o Progressistas.

Com a extinção do PDS, surgiu o Partido Progressista Reformador, seguido pelo Partido Progressista e, por fim, Progressistas. O União Brasil era uma ramificação do PDS, que posteriormente adotou o nome PFL. O PFL gerou o Partido Democratas, que por sua vez deu origem ao União Brasil, que se uniu ao restante do PSL, que apoiara Bolsonaro em 2018.

Assim, é “tutta brava gente”, também conhecido como Centrão. A federação União Progressista nasce gigante: 109 deputados federais; 14 senadores; 1.343 prefeitos; seis governadores; R$ 953,8 milhões em Fundo Eleitoral e R$ 197,6 milhões em Fundo Partidário, em números do ano passado.

Não lhe bastasse, controla quatro ministérios do governo ao qual se opõe: Integração Nacional com Waldez Gôes, Comunicações com Frederico Siqueira, Turismo com Celso Sabino e Esportes com André Fufuca. Sabino diz crer que o União Progressista apoiará a reeleição de Lula no próximo ano. Será? Duvido.

É mais fácil apoiar o adversário de Lula. É provável que se partam, com um pé em cada canoa.

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Fonte: Metrópoles

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