A Universidade de São Paulo (PUC-SP) implementará o letramento racial como exigência, em decorrência de denúncias de racismo

Foi criada, nesta terça-feira (10), uma comissão para elaborar o curso, em ato determinado pelo reitor da universidade, Vidal Serrano Junior; recorda-se da paralisação na instituição.

11/06/2025 13h39

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(Imagem de reprodução da internet).

A Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) estabeleceu uma comissão para desenvolver um curso de alfabetização racial obrigatório para educadores, na terça-feira (10).

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A decisão foi tomada em razão da paralisação na instituição que se verificou no mês de maio. Na ocasião, os estudantes reivindicavam um currículo antirracista após denúncias de racismo na universidade.

O reitor da PUC-SP, Vidal Serrano Junior, escolheu seis professores para compor a Comissão de Letramento Racial (CLR), com o propósito de “planejar, estruturar e supervisionar a criação e o desenvolvimento das atividades do curso, em consonância com as diretrizes pedagógicas e as políticas institucionais”.

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A instituição de ensino superior privada afirma que a ação reflete o compromisso institucional da PUC-SP com a promoção dos direitos humanos, da equidade racial, da educação emancipadora e da formação cidadã.

O início do curso está programado para agosto. A participação dos professores da universidade é obrigatória e presencial. Já o curso online, também elaborado pela comissão, será gratuito e acessível a alunos, funcionários e público externo.

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Suspensão após denúncias de racismo.

Os estudantes da PUC-SP manifestaram-se e ocuparam uma área do Campus de Perdizes em 21 de maio, em protesto contra ocorrências de racismo e questões relacionadas à infraestrutura do local.

Os estudantes, por meio de coletivos e Centros Acadêmicos, manifestam o descontentamento com a infraestrutura da faculdade e apontam falhas no funcionamento do corpo acadêmico.

Os estudantes solicitaram, por meio de ofício, alterações da instituição mantenedora da universidade, incluindo a criação do currículo antirracista, a implementação de cotas para pessoas trans e a oferta de cursos de letramento racial e de gênero para os docentes.

A partir de hoje, 19 de maio, data do aniversário dos 100 anos do líder antirracista Malcolm X, foi deflagrada a paralisação oficial, com o prédio antigo da universidade ocupado por estudantes que reivindicam mudanças estruturais contra o racismo acadêmico e a precariedade das condições de permanência estudantil, especialmente para corpos negros, trans e marginalizados.

Sob a supervisão de Carolina Figueiredo.

Fonte por: CNN Brasil

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