A WNBA investiga acusações de insultos raciais dirigidos a Angel Reese
Aconteceu durante a partida entre Chicago Sky e Indiana Fever, um confronto entre Reese e Caitlin Clark.

A liga feminina de basquete dos Estados Unidos, WNBA, anunciou que está investigando denúncias de insultos raciais direcionados a Angel Reese durante a derrota do Chicago Sky para o Indiana Fever, no último sábado (17).
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A WNBA condena fortemente o racismo, o ódio e a discriminação em todas as suas formas. Não têm lugar em nossa liga ou na sociedade. Estamos cientes das alegações e investigando o assunto.
Não ficou claro quando ocorreu o suposto incidente no jogo de sábado, mas o Fever divulgou um comunicado no domingo afirmando que está ciente das alegações de conduta inadequada de torcedores durante o jogo.
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Trabalhamos em colaboração com a WNBA para finalizar sua investigação. Manutenção nosso compromisso de assegurar um ambiente seguro para todas as jogadoras da WNBA”, declarou Mel Raines, CEO da Pacers Sports & Entertainment, proprietária do Fever.
Com quatro minutos restantes no quarto período e o Fever vencendo por 56 a 42, Reese obteve um rebote ofensivo e se encaminhava à cesta quando a jogadora do Indiana, Caitlin Clark, fez contato forte com seu braço direito, derrubando a ala do Sky e fazendo a bola rolar.
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Reese, visivelmente irritada, rapidamente se levantou e tentou confrontar a Novata do Ano de 2024, que se afastou de costas para ela enquanto Aliyah Boston, do Indiana, se posicionou entre as duas. A ausência de Clark foi considerada falta pessoal de nível 1, e Reese e Boston receberam advertências técnicas.
As jogadoras reduziram a importância do ocorrido posteriormente e não se sabe se as supostas ofensas raciais estavam ligadas ao embate.
O Presidente e CEO do Chicago Sky afirmou que a franquia “recebe bem a investigação da WNBA sobre as alegações de má conduta dos torcedores” durante o jogo.
Continuou Fox em um comunicado: “Faremos tudo ao nosso alcance para proteger as jogadoras do Chicago Sky, e incentivamos a liga a continuar tomando medidas significativas para criar um ambiente seguro para todas as jogadoras da WNBA.”
A Associação de Jogadoras da WNBA (WNBPA) declarou estar “ciente dos relatos de comentários de ódio” e apoia a investigação da WNBA. “Tal comportamento é inaceitável em nosso esporte”, afirmou o sindicato das jogadoras em um comunicado.
Confiança na investigação minuciosa e na adoção de medidas rápidas e adequadas pela liga, visando assegurar um ambiente seguro e acolhedor para todas.
Clark concluiu com um triplo-duplo – 20 pontos, 10 rebotes e 10 assistências – na estreia da temporada, enquanto Reese registrou 12 pontos e 17 rebotes. Os dois atletas se encararam quatro vezes no ano anterior em suas primeiras temporadas na WNBA, com o Fever conquistando três desses jogos. Clark recebeu o prêmio de Novata do Ano com todos os votos, exceto um dos 67, que foi para Reese.
As duas jogadoras reduziram a rivalidade, contudo, após disputas intensas no nível universitário – sobretudo na final do campeonato feminino da NCAA de 2023 – as estrelas do basquete passaram a ser fortemente associadas.
Campanha contra o ódio
A liga WNBA lançou, antes da nova temporada, sua campanha “Sem Espaço para Ódio”, buscando combater o preconceito e incentivar o respeito no basquete feminino, tanto nas plataformas digitais quanto nos locais de jogo.
A comissária da WNBA, Cathy Engelbert, afirmou em comunicado que o basquete pode ser uma força unificadora, um ambiente onde indivíduos de diversas origens se encontram não apenas para assistir a um jogo, mas para estabelecer conexões.
Desejamos que nossas arenas e redes sociais estejam repletas de entusiasmo e apoio, e não de ódio e agressividade.
A entidade afirmou que a nova iniciativa implementará tecnologia para identificar discursos de ódio online, elevará a segurança para atletas e equipes, oferecerá mais recursos de saúde mental para as atletas e um posicionamento central contra o preconceito.
Fonte: CNN Brasil