Abimaq revisa projeção de crescimento e alerta para desafios no setor de máquinas em 2026

Abimaq revisa projeção de crescimento para máquinas e equipamentos em 2026, com queda para 4%. Setor enfrenta desafios internos e externos, incluindo alta de tarifas dos EUA. Retração em outubro impacta vendas e emprego na indústria

04/12/2025 12:53

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(Imagem de reprodução da internet).

A indústria brasileira de máquinas e equipamentos enfrenta um ano de 2026 com perspectivas mais moderadas. A Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) estima um crescimento da receita líquida de vendas em torno de 4%.

Essa projeção reflete a realidade de um mercado com demanda, mas com um apetite reduzido para investimentos, em grande parte devido às altas taxas de juros que afetam a economia.

Revisão das Expectativas de Crescimento

Inicialmente, a Abimaq previa um crescimento de 6,1% nas vendas para o ano de 2026. Essa revisão para baixo demonstra a cautela do setor diante do cenário econômico atual. Até novembro, o desempenho do setor foi positivo, com um acúmulo de expansão de 9,1% na receita total, atingindo R$253,5 bilhões.

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Desaceleração em Outubro

Em outubro, a indústria de máquinas e equipamentos apresentou uma desaceleração, com uma retração de 3,4% na receita líquida de vendas em comparação com o mesmo período de 2024, totalizando R$26,2 bilhões. Essa queda interrompeu o crescimento observado em setembro, quando as vendas haviam aumentado 11,2%, atingindo R$27,2 bilhões.

Impacto do Mercado Interno

No mercado interno, a receita encolheu 4,7% em relação a outubro de 2024, alcançando R$18,2 bilhões. As áreas que mais sofreram com a retração foram as máquinas para agricultura, componentes e máquinas para construção. A Abimaq aponta que o ambiente externo também contribuiu para o desempenho do setor, devido à desaceleração das atividades globais e ao impacto negativo das tarifas de 40% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.

Exportações e Desafios Externos

As exportações atingiram US$1,48 bilhão em outubro, representando um aumento de 7,2% em relação ao ano anterior e um avanço de 12% em comparação com setembro. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento do volume físico exportado (+3,3%) e pela expansão das vendas para outros destinos, buscando minimizar a desaceleração no mercado norte-americano.

No entanto, a alta de 50 pontos percentuais na tarifa de importação dos EUA teve um impacto significativo, resultando em uma queda de 31,6% nas exportações para o país, em comparação com setembro, e uma redução de 42,5% em relação a outubro de 2024.

Contexto Econômico e Emprego

O presidente da Abimaq ressaltou que o aumento das vendas para Argentina, Cingapura e México, que ocorreu na mesma época da alta das tarifas, não está diretamente relacionado. Ele destacou que as empresas que perderam vendas para os Estados Unidos não se recuperaram totalmente.

Dados da Abimaq indicam que o setor fechou outubro com 423 mil funcionários, uma queda de 0,8% em relação a setembro, mas com um crescimento de 6,3% no número de empregados em comparação com outubro de 2024.

Diálogos Políticos e Perspectivas Futuras

O presidente da Abimaq não considera a conversa telefônica entre os presidentes Lula e Trump como um avanço nas negociações de um acordo comercial. Ele acredita que as negociações ainda estão no início. As importações somaram US$2,9 bilhões em outubro, atingindo um patamar recorde de US$26,9 bilhões no acumulado de 2025, representando um aumento de 8,5% em relação ao mesmo período de 2024.

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