Acidentes graves em Ímola impactam a segurança no automobilismo

O traçado do circuito que recebeu o Grande Prêmio neste fim de semana apresentou acidentes com fatalidades, alterando o curso da principal categoria do automobilismo mundial.

18/05/2025 4h07

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(Imagem de reprodução da internet).

A Fórmula 1 retorna à Europa neste fim de semana para o Grande Prêmio da Emilia-Romagna, sétima etapa do calendário de 2025.

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O Autódromo Internacional Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, permanece na história da Fórmula 1 não apenas por sua velocidade e curvas complexas, mas pelas tragédias que moldaram o desenvolvimento da modalidade.

Em 1994, o evento registrou um dos finais de semana mais sombrios da história do automobilismo: os óbitos de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna, em dois incidentes trágicos que ficaram para sempre na memória do esporte.

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O primeiro acidente se verificou na sexta-feira, dia 29 de abril, em um treino. O piloto brasileiro Rubens Barrichello, da Jordan, perdeu o controle do veículo, ultrapassou uma zebra e colidiu violentamente com uma barreira de pneus. O piloto recebeu atendimento médico e apresentou contusões leves e um nariz fraturado.

No sábado, 30 de abril, o austríaco Roland Ratzenberger sofreu um acidente na curva Villeneuve após a perda do controle do carro, devido à separação da asa dianteira. O impacto violento contra o muro, a velocidades superiores a 300 km/h, causou lesões fatais. O falecimento foi confirmado no mesmo dia, pouco tempo após o ocorrido.

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No dia seguinte, Ayrton Senna liderava a corrida – denominada Grande Prêmio de San Marino na época – até perder o controle de sua Williams, na curva Tamburello, e colidir violentamente com o muro de proteção.

Preocupado com os acidentes, o piloto considerou boicotar a corrida italiana, porém, foi persuadido a participar.

A confirmação do falecimento do tricampeão mundial de Fórmula 1 ocorreu após várias horas. Às 13h05 (de Brasília), as principais mídias do país divulgaram a notícia do seu óbito.

Alterações no circuito

A ocorrência dessas tragédias teve um efeito imediato. O traçado de mola foi alterado pela primeira vez, com as curvas Tamburello e Villeneuve sendo redesenhadas, incluindo áreas de escape ampliadas, barreiras de proteção adicionais e uma diminuição da velocidade.

A versão baixa, em que Barrichello sofreu o acidente, foi descontinuada.

A partir de 1995, a FIA intensificou as inspeções no circuito e exigiu diversas melhorias estruturais. Os acidentes com mortes também aceleraram o desenvolvimento de tecnologias fundamentais para a segurança dos pilotos, como o HANS (suporte para cabeça e pescoço) e, posteriormente, o halo (estrutura de proteção feita de titânio, instalada acima do cockpit dos carros, utilizada para proteger o piloto em caso de colisões).

Apesar dos investimentos, o circuito de Ámola deixou o calendário oficial da Fórmula 1 em 2006, após o término do contrato.

O prêmio só foi retomado em 2020, durante a pandemia da Covid-19, agora denominado Grande Prêmio da Emilia-Romagna.

Onde assistir ao Grande Prêmio da Emilia-Romagna

Ficha técnica do Grande Prêmio da Emilia-Romagna

Fonte: CNN Brasil

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