Acordo de US$ 20 bilhões entre Argentina e EUA não impede corrida por dólares antes das eleições
Apesar do swap cambial anunciado por Milei e Trump, argentinos continuam adquirindo moeda americana temendo nova desvalorização.

Acordo de Swap Cambial entre Argentina e Estados Unidos
A assinatura de um acordo de swap cambial de US$ 20 bilhões entre Argentina e Estados Unidos nesta segunda-feira não conseguiu reduzir a urgência dos argentinos em adquirir dólares. Isso ocorre em meio a temores de uma nova desvalorização da moeda após as eleições legislativas do próximo domingo.
Com a demanda em alta, o dólar valorizou-se em 1,35% no Banco Nación, sendo cotado a 1.495 pesos para venda ao público, o maior valor em um mês. No mercado atacadista, a cotação subiu 24 pesos, alcançando 1.474 pesos por unidade.
No mercado informal, conhecido como blue, o dólar aumentou 30 pesos, chegando a 1.505 pesos para venda. O economista Gustavo Ber destacou que a demanda por proteção permanece alta e que, após as eleições, a situação se tornará mais clara.
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Acordo com os Estados Unidos
As cotações do dólar voltaram a subir, mesmo após o Banco Central da República Argentina anunciar a assinatura de um acordo de estabilização cambial com o Tesouro dos Estados Unidos. O acordo, que foi resultado de semanas de negociações, pode chegar a US$ 20 bilhões.
A autoridade monetária argentina afirmou que o acordo visa fortalecer a liquidez das reservas e aumentar a capacidade de resposta à volatilidade nos mercados cambial e de capitais. Essa iniciativa faz parte da assistência financeira prometida pelo presidente americano Donald Trump ao presidente argentino, Javier Milei.
Nos últimos dias, o Tesouro americano adquiriu pesos argentinos para tentar conter a pressão cambial, mas essa medida não foi suficiente para interromper a dolarização das carteiras. A empresa Portfolio Personal Inversiones comentou que nem mesmo a intervenção do Tesouro americano consegue frear totalmente a dolarização.
Crise Persistente e Ajuda Internacional
Javier Milei, que assumiu a presidência no final de 2023, conseguiu equilibrar as contas públicas e desacelerar a inflação, mas seu governo ainda não conseguiu acumular reservas líquidas. A economia permanece estagnada, e muitos argentinos enfrentam dificuldades financeiras.
Trump declarou que a Argentina está “lutando pela vida” e que o país enfrenta sérias dificuldades financeiras. Para conter a inflação, Milei tem sustentado o valor do peso, mas isso resultou em perdas significativas para o Tesouro e o Banco Central nos últimos meses.
As reservas brutas do Banco Central totalizam US$ 41,315 bilhões, mas as líquidas são estimadas em apenas US$ 6 bilhões. A ajuda prometida por Trump inclui negociações com bancos internacionais e fundos soberanos para criar um fundo adicional de US$ 20 bilhões, destinado a garantir os pagamentos da dívida argentina em 2026.
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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