Acordo Bilateral Entre EUA e China Revira o Mercado de Soja
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, anunciou um acordo significativo com a China, envolvendo a compra de soja. De acordo com o comunicado, a China comprometeu-se a adquirir 12 milhões de toneladas de soja antes do próximo mês de janeiro, e, durante os próximos três anos, um mínimo de 25 milhões de toneladas anuais.
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O anúncio ocorreu após uma entrevista à emissora “Fox Business”, seguindo o encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul.
O acordo visa reativar o comércio de soja, interrompido durante a disputa comercial iniciada por Trump. A China, que anteriormente dependia fortemente da soja americana, suspendeu suas compras devido às tensões políticas. O secretário Mnuchin detalhou que o acordo representa um dos resultados alcançados entre os líderes, buscando restaurar a confiança e o fluxo comercial entre os dois países.
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Em 2024, a China já havia adquirido aproximadamente 27 milhões de toneladas de soja americana. O Ministério do Comércio chinês apenas confirmou a intenção de aumentar as compras de produtos agrícolas americanos, sem fornecer detalhes específicos sobre o volume ou as condições do acordo.
Além da soja, o acordo também inclui a retomada do comércio em outras áreas.
Adicionalmente, o acordo prevê a assinatura de acordos comerciais com países do sudeste asiático, com o objetivo de que comprem 19 milhões de toneladas de soja americana. O secretário Mnuchin enfatizou que os produtores de soja que antes eram utilizados como “peões políticos” não estarão mais em risco e deverão prosperar nos próximos anos. “Este acordo é o culminar de tudo isso e coloca em andamento grandes acordos de compra para os próximos três anos e meio”, completou.
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Além das compras de soja, os líderes das duas potências mundiais concordaram em reduzir as tarifas à China pelo fentanil, suspender as restrições de Pequim às exportações de terras raras – embora Trump tenha afirmado que as restrições haviam sido “solucionadas” – e suspender durante um ano as taxas portuárias que se impunham mutuamente.
