Inteligência Emocional: Um Entendimento Errôneo
Quando se menciona inteligência emocional, muitos associam imediatamente a simpatia, gentileza e um bom relacionamento. A imagem de um líder calmo, que elogia e evita conflitos, vem à mente.
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No entanto, o psicólogo organizacional Adam Grant alerta que essa visão pode ser equivocada e um obstáculo ao desenvolvimento profissional. A jornalista Jessica Stillman destaca que confundir inteligência emocional com “ser legal o tempo todo” pode prejudicar a evolução de líderes e profissionais.
Ser Gentil Não é o Mesmo que Ser Emocionalmente Inteligente
Adam Grant enfatiza que, embora a gentileza seja importante, não é sinônimo de inteligência emocional. Esta última envolve reconhecer e lidar com emoções, tanto as próprias quanto as dos outros, de maneira madura e respeitosa.
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Isso pode incluir empatia e calma, mas muitas vezes requer enfrentar desconfortos que outros preferem evitar. Grant afirma: “Segurança psicológica não é evitar desconforto. É ter conversas difíceis sem medo, com abertura e respeito”.
Segurança Psicológica: Liberdade para Falar
A psicóloga Amy Edmondson, da Harvard Business School, é uma referência no estudo da segurança psicológica nas equipes. Ela define esse ambiente como aquele onde as pessoas se sentem livres para correr riscos, reconhecer erros e discordar, sem temer punições.
Contudo, muitos líderes interpretam isso como uma obrigação de proteger a equipe de qualquer desconforto. Segundo Edmondson e Grant, essa abordagem prejudica a franqueza e a inovação. Evitar feedbacks difíceis para não magoar alguém pode parecer gentil, mas é contrário ao comportamento emocionalmente inteligente.
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O Desafio da Inteligência Emocional
O verdadeiro desafio da inteligência emocional reside em comunicar o que precisa ser dito, mesmo que isso cause desconforto, e fazê-lo de forma respeitosa e construtiva. As emoções podem ser um obstáculo ou um impulso.
Essa habilidade é essencial para qualquer profissional que aspire liderar ou ser uma referência em sua equipe. O foco deve ser no desenvolvimento dos outros e na qualidade das entregas, não apenas em agradar.
Dominar a Inteligência Emocional
Dominar a inteligência emocional é, em última análise, dominar a si mesmo. Essa competência permite se automotivar diante de dificuldades, manter o equilíbrio em momentos de pressão e liderar com empatia.
Desenvolver essas habilidades pode ser um diferencial significativo na carreira. A inteligência emocional pode ser a chave para acelerar sua trajetória profissional.