Administrador relata medidas emergenciais em decorrência de chuvas em Sol Nascente

As intensas chuvas em Ceilândia, Taguatinga e Sol Nascente na terça-feira (22/4) provocaram inundações, prejuízos em vias e impactos em imóveis. Em declaração ao Metrópoles, o administrador regional do Sol Nascente, Cláudio Ferreira, relatou as medidas implementadas e apresentou o projeto estrutural que será licitado em maio para a área.

A licitação para um novo projeto de drenagem pluvial, com investimento de R$ 11 milhões e prazo de execução estimado em oito meses, foi anunciada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Segundo Cláudio Ferreira, a obra beneficiará as regiões da Ceilândia, Sol Nascente e Pôr do Sol, trazendo mais segurança e aumentando a captação de água.

Enquanto o projeto principal não é implementado, a Secretaria de Obras iniciou intervenções emergenciais, sobretudo na área de divisa entre Sol Nascente e Pôr do Sol. A proposta é ampliar temporariamente a captação de água em pontos críticos. “A Secretaria de Obras já está atuando para elevar essa captação, enquanto estas obras maiores não se concretizam”, afirmou o administrador.

Cláudio Ferreira também relatou que foram investidos mais de R$ 650 mil em obras de drenagem no Trecho 3. Ele afirmou que essa área sempre teve mais ocorrências, porém não foi tão afetada pelas chuvas desta vez.

Outros pontos da região ainda necessitam de atenção. Realizam-se reparos emergenciais próximos à Estação Guariroba, do Hospital Anchieta e na Avenida Estádio. “São locais onde a rede atual não está conseguindo captar toda a água”, explicou Cláudio Ferreira.

Ele afirma que a administração também está trabalhando na preparação de uma licitação para obras definitivas no pôr do sol, com foco na drenagem.

Adicionalmente, estão em andamento esforços colaborativos para fortalecer a captação de água no alto de Ceilândia, o que auxiliaria na prevenção de transbordamentos nas áreas mais baixas, como ocorre em Sol Nascente.

Apesar da menor quantidade de chuva no Sol Nascente, a região enfrentou problemas devido ao escoamento proveniente da Ceilândia. A água invadiu a avenida principal que separa as quadras 108 e 208, causando inundações. Três famílias necessitaram de assistência da Defesa Civil.

“Enquanto as obras do Pão de Açúcar não avançam, o GDF precisa ser acionado nessa questão”, declarou Ferreira. Assista à entrevista completa:

Entrevista com o administrador do Sol Nascente, Cláudio Ferreira:

Jornalista: Quais foram os danos mais significativos provocados pelas chuvas em Sol Nascente?

Cláudio Ferreira: A forte chuva de 22 causou grande impacto na Ceilândia. A intensidade não foi uniforme, sendo mais intensa entre o nascer e o pôr do sol. A água que desceu de Ceilândia provocou danos significativos no Pôr do Sol, na avenida principal que conecta as quadras 108 e 208, danificando o asfalto das quadras 108 e 208, bem como da avenida lateral das 500. Estivemos presentes durante a noite e notificamos a Defesa Civil, a Sede de Polícia do DF, a Secretaria de Obras e a Novacap.

Jornalista: Quantas famílias foram impactadas e qual o tipo de assistência que está sendo disponibilizada?

Cláudio Ferreira: A Defesa Civil compareceu ao local, realizou o levantamento e, até o momento, auxiliou três famílias que necessitaram do apoio da Defesa Civil e da Sede de Desastres do Distrito Federal. As demais residências sofreram alagamento.

O projeto de drenagem do GDF atenderá à região Sol Nascente?

Cláudio Ferreira: O governador Ibaneis tem demonstrado grande preocupação com essa questão das chuvas, especialmente nas regiões de Ceilândia, Sol Nascente e Pôr do Sol. Também com a vice-governadora, Celina Leão. Este lançamento das obras é de suma importância. Ceilândia cresceu, deu origem à região administrativa Sol Nascente e Pôr do Sol. A configuração da cidade mudou e o governador, sensível a essa situação, que teve várias chuvas, conversou com os administradores de Sol Nascente e também com o Dilson (administrador de Ceilândia). Assim, percebeu que era o momento de solucionar essa situação.

A obra beneficiará significativamente, pois ampliará a segurança e aumentará a captação de água necessária, considerando a demanda local. O governador, de forma assertiva, lançou a questão das obras para garantir mais segurança aos moradores de Ceilândia, Sol Nascente e Pôr do Sol.

O jornalista perguntou ao governador quanto tempo levará a entrega da obra, que ele informou ser de 8 meses. A administração, Defesa Civil e o GDF estão considerando alguma medida enquanto a obra não é concluída?

Cláudio Ferreira: Eu conversei com o secretário de Obras, o administrador de Ceilândia, e houve uma vistoria ali na área de Ceilândia, principalmente na divisa entre Sol Nascente e Pôr do Sol. A Secretaria de Obras já está trabalhando para aumentar a captação de água, enquanto essas grandes obras não estão em andamento. Aqui no Sol Nascente já estão sendo realizadas as obras de drenagem. Foram investidos mais de 650 milhões para solucionar a situação do Trecho 3. A chuva foi tão intensa que o Trecho 3, que sempre teve problemas na imprensa, não sofreu com essa ocorrência. Isso já aconteceu em outros pontos. A Secretaria de Obras, a Novacap, tem trabalhado em conjunto com a Administração de Ceilândia, Sol Nascente e Pôr do Sol, em locais específicos. Em breve, será lançado também o processo de licitação das obras definitivas do Pôr do Sol, que também abordará a questão da drenagem, com melhorias significativas. Estamos trabalhando próximo ao ProDF, em relação à captação de água, pois, com a melhoria da captação de água na parte superior de Ceilândia, isso também auxiliará bastante no Sol Nascente e Pôr do Sol.

Algum grupo de trabalho foi criado?

Cláudio Ferreira: Já conversamos sobre isso há algum tempo. O Trecho 3, por exemplo, era uma situação que, toda vez que havia chuva, a imprensa sempre divulgava aquela avenida cheia de água, levando motos, carros… Esse trecho já não temos essa dificuldade, devido a várias reuniões com a Secretaria de Obras, Novacap, com o governador, nossa vice-governadora. Então, graças a Deus, essa parte já está bem resolvida. Agora, temos essas questões pontuais. A mesma da 149, 102, veio ali da Guariroba, que também atingiu o Hospital Anchieta, da Ceilândia, que foi divulgado, posto de gasolina e até o metrô. Então, nós estamos tratando sobre isso. Conversei hoje com o subsecretário Erinaldo, inclusive estou em reunião hoje também, já para resolver essas questões, para trabalhar nesses pontos que a água na rede não está conseguindo captar. Também ali no Pôr do Sol, na Avenida Estádio, também ontem estivemos no local para buscar essas medidas. Enquanto as obras do Pôr do Sol não chegam, o GDF tem que ser mobilizado nesse sentido.

Como os moradores estão sendo informados sobre as ações e medidas tomadas?

Cláudio Ferreira: Conversamos constantemente com as lideranças dos setores e utilizamos bastante as redes sociais. Atualmente, sabemos que as pessoas têm acesso por meio dessas redes. Gravamos vídeos informando o que está acontecendo e o que vai acontecer. Além disso, através do site da Administração, captamos os links e os divulgamos nos grupos do WhatsApp. No dia 22, trabalhamos já à noite e divulgamos ali nos grupos para mostrar à comunidade que o GDF está atento, sempre no que está acontecendo e tomando as devidas providências.

Fonte: Metrópoles