Advocacia de Bolsonaro questiona decisão judicial que manteve a prisão domiciliar
Advogados afirmam que ex-presidente não violou a ordem judicial.

A defesa de Jair Bolsonaro apresentou nesta quarta-feira (6) o recurso contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente.
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Os advogados argumentam, no recurso apresentado ao Supremo, que Bolsonaro não violou a medida cautelar que o restringe ao uso de redes sociais, abrangendo também perfis de outras pessoas.
A determinação judicial foi feita no mês passado, quando Moraes também ordenou o monitoramento eletrônico de Bolsonaro.
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A análise do recurso será realizada pelo próprio ministro. Além disso, o caso poderá ser julgado pela Primeira Turma da Corte, composta pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, e Moraes.
O ex-presidente não pode ser responsabilizado por cumprimentar seus apoiadores através de contas de terceiros.
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O ex-presidente não foi impedido de conceder entrevistas ou se manifestar, e, como já alertado, não têm controle sobre terceiros que possam repercutir o conteúdo decorrente sem a sua participação direta ou indireta. Trata-se de um verdadeiro desdobramento incontrolável, alheio à sua vontade ou ingerência.
Os advogados do ex-presidente argumentaram que o recurso deva ser julgado pela Primeira Turma da Corte.
A validação pela Turma é imprescindível, em estrito cumprimento da previsão do RISTF, sendo inviável alegar que a decisão anterior já contemplava a possibilidade de prisão em caso de descumprimento das medidas cautelares, concluiu a defesa.
Em dezembro passado, Moraes ordenou várias medidas emergenciais contra Bolsonaro, abrangendo o emprego de monitoramento eletrônico e a proibição do acesso a redes sociais, incluindo contas de outras pessoas.
O ministro ordenou a prisão, sob a alegação de que os filhos do ex-presidente divulgaram em suas redes sociais mensagens de agradecimento de Bolsonaro aos apoiadores presentes nos atos de domingo.
Moraes apontou que houve o descumprimento das restrições previamente estabelecidas, que proibiam Bolsonaro de utilizar as redes sociais por meio de outras pessoas.
Foram decretadas medidas cautelares no inquérito em que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, é investigado por sua atuação junto ao governo dos Estados Unidos para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo.
Em março deste ano, Eduardo solicitou licença do mandato parlamentar e residiu nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política.
Bolsonaro está sendo investigado por utilizar recursos, por meio de transferências bancárias, para custear a permanência de seu filho no exterior. Bolsonaro também é réu na ação penal relacionada ao esquema golpista no Supremo Tribunal Federal. O julgamento está previsto para setembro.
Fonte por: Brasil de Fato