A Polícia Federal investiga uma advogada suspeita de receber valores de entidades com irregularidades nos descontos de aposentados e de repassar esses recursos a familiares de servidores do INSS.
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A advogada Cecília Rodrigues Mota e seu escritório foram alvo de busca e apreensão na Operação Sem Desconto, que investiga descontos irregulares na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.
Um relatório da Operação Sem Desconto aponta a existência de “relações financeiras entre as entidades associativas e pessoas físicas e jurídicas vinculadas”. Destacam-se, pelo menos, a Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (AAPEN) e a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB).
A decisão judicial autorizou buscas na operação Sem Desconto, conforme relatado na IPJ 060/2024, indicando que o escritório profissional dela recebeu valores de associações investigadas e os repassou a pessoas jurídicas pertencentes a familiares de servidores do INSS.
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A Polícia Federal alega que pessoas físicas e jurídicas ligadas a Cecília Rodrigues Mora receberam R$14.081.937,35 de entidades associativas e de empresas intermediárias relacionadas a ela.
A Polícia Federal aponta que parte desses valores foi direcionada a empresas vinculadas a pelo menos dois servidores do INSS.
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R$ 630 mil foram repassados a uma empresa de consultoria em nome de irmã de Virgílio Antonio Ribeiro de Oliveira Filho, que exercia o cargo de Procurador do INSS antes de ser afastado pela Justiça na Operação Desconto.
O escritório de advocacia de Célia Mota realizou repasses de R$ 520 ao filho do ex-diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis. Ele foi exonerado do cargo após o Metrópoles expor a irregularidade nos descontos na folha de pagamentos de aposentados.
A Polícia Federal informa que os pagamentos foram realizados em nome do escritório Eric Fidelis Sociedade Individual de Advocacia.
O filho de Fidelis também recebeu recursos de empresas vinculadas a Antonio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, que também é apontado como lobista de entidades investigadas pela Polícia Federal por descontos irregulares.
Fonte: Metrópoles