Advogados de Filipe Martins solicitam o adiamento do depoimento perante o STF
O advogado Jeffrey Chiquini argumenta que o núcleo 2 dispôs de menor tempo para analisar as provas e exige igualdade de tratamento do STF em relação aos…

O advogado de Filipe Martins, ex-colaborador de Jair Bolsonaro (PL), solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que os depoimentos dos envolvidos no chamado núcleo 2 do atentado de 8 de janeiro sejam suspensos e conduzidos pessoalmente, da mesma forma que ocorreu com os acusados do núcleo 1.
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Os advogados afirmaram que os réus do primeiro grupo possuíam um prazo de 7 dias para examinar os depoimentos coletados. Já o conteúdo da declaração de Mauro Cid, realizada em 14 de julho, teria se tornado disponível na noite anterior ao questionamento dos réus do núcleo 2. Segundo o advogado Jeffrey Chiquini, a instrução penal gerou 78 terabytes de material para análise.
Em sua defesa, a disparidade de prazos indica um tratamento mais favorável ao primeiro grupo. Assim, solicitam igualdade no processo e o adiamento das audiências desta quinta-feira (24.jul).
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A PGR declarou inexistência de irregularidade, afirmando que o rito foi cumprido e que os interrogatórios poderiam ocorrer logo após as declarações dos testemunhos. “Aqui não se visualiza nenhum descumprimento da lei”, afirmou.
O pedido foi indeferido pelo juiz auxiliar Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, do TJ-SP, atuando sob o relato do ministro Alexandre de Moraes.
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O procurador-geral indicou Martins e mais cinco réus como membros do núcleo que fornecia apoio operacional para assegurar a permanência ilegítima de Bolsonaro após sua derrota nas eleições de 2022.
De acordo com as investigações, Martins alterou a minuta denominada “minuta golpista” e apresentou seus argumentos jurídicos a membros do alto comando das Forças Armadas em reunião no dia 7 de dezembro de 2022.
Núcleo 2 do “Golpe”
Os indivíduos envolvidos no núcleo 2 são acusados de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e participação em organização criminosa armada.
A acusação da PGR define esse grupo como responsável pela administração do plano “golpista”. O núcleo estaria encarregado de “coordenar as ações de vigilância e neutralização de autoridades públicas”.
Integra o núcleo 2:
Fonte por: Poder 360