Advogados do Tribunal de Justiça de São Paulo adiam julgamentos em protesto por atraso no pagamento de salários
Reajuste de 5% não compensa o atraso de mais de 30% nos salários de servidores do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Os servidores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) convocaram uma greve geral, a partir de 14 de maio, buscando a revisão do reajuste salarial de 5% anunciado em 8 de abril.
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Os servidores públicos relatam que a categoria teve uma redução superior a 30% na remuneração desde 2002, ao contrário dos magistrados, que não apresentaram perdas salariais.
A Associação dos Servidores do TJSP (Assetj) declarou que o poder de compra diminuiu em um terço e que muitos servidores estão endividados, conforme uma carta aberta publicada em 10 de abril.
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A associação identificou uma diferença alarmante no tratamento entre juízes e servidores. A organização destaca que a alocação generosa dos recursos do orçamento do Tribunal de Justiça para a magistratura se opõe às perdas inflacionárias de 30,24% sofridas pelos funcionários.
A assembleia determinou a paralisação.
Em 11 de abril, aproximadamente 600 servidores interromperam suas atividades e protestaram contra a política salarial do tribunal. A assembleia geral, realizada na Praça João Mendes, no centro de São Paulo, contou com trabalhadores de diversas regiões do estado.
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Na votação, os servidores aprovaram uma greve geral a partir de 14 de maio, caso não haja uma proposta concreta de recomposição por parte da administração do Judiciário.
Aprovou-se, também, a organização de uma marcha até o Palácio da Justiça e a apresentação de um ofício ao presidente do tribunal com as decisões da categoria.
Reivindicações dos servidores do TJSP
Pacote de ajustes
Em 8 de abril, o presidente do TJSP, desembargador Fernando Antônio Torres Garcia, anunciou um pacote de ajustes para os servidores, que compreende:
Em resposta ao anúncio, a Assetj afirmou que a categoria deve continuar pressionando pela reposição integral de 30,24%. A associação ressaltou que o tribunal deixou a possibilidade de revisão em aberto, mas condicionou novos ajustes à “reavaliação orçamentária”.
Fonte: Metrópoles