Afogamento no Iêmen resulta em morte de pelo menos 76 imigrantes e diversos desaparecidos

O navio transportava em sua maioria indivíduos que tentavam ingressar ilegalmente no território iemenita.

04/08/2025 15h40

1 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

Pelo menos 76 migrantes faleceram e dezenas eram considerados desaparecidos após o naufrágio de uma embarcação que transportava principalmente migrantes etíopes na costa do Iêmen, informaram autoridades iemenitas à AFP nesta segunda-feira (4).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Duas fontes de segurança do Iêmen relataram que 76 corpos foram recuperados e 32 pessoas foram resgatadas do naufrágio, que ocorreu no Golfo de Aden. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou que 157 pessoas estavam a bordo.

O naufrágio de domingo é um dos mais mortais ocorridos neste ano na costa do Iêmen, declarou Abdusattor Esoev, chefe da missão desta agência da ONU no país.

LEIA TAMBÉM:

O número dois do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, indicou em um comunicado que o papa Leão XIV estava “profundamente triste com esta devastadora perda de vidas”.

O navio transportava predominantemente migrantes etíopes que “tentavam entrar ilegalmente no território iemenita”, de acordo com a direção de Segurança do governo de Abyan.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Algumas das pessoas resgatadas foram levadas a Aden, próximo a Abyan, segundo uma das fontes de segurança.

Apesar do conflito que impacta o Iêmen desde 2014, a migração irregular para o país continuou, sobretudo com indivíduos provenientes da Etiópia. Os migrantes transitam pelo estreito de Bab Al-Mandab, que separa o Djibouti do Iêmen, uma rota relevante para o comércio internacional, bem como para as migrações e o tráfico de pessoas.

As monarquias petrolíferas do Golfo, como Arábia Saudita e Emirados Árabes, contam com uma significativa força de trabalho estrangeira originária do subcontinente indiano e da África.

O OIM registrou pelo menos 558 mortes na rota do Mar Vermelho no ano passado, 462 delas em acidentes de barco. “Esta rota, uma das mais perigosas do mundo, é controlada principalmente pelas redes de traficantes e de tráfico de pessoas”, declarou a AFP. Ayla Bonfiglio, diretora regional da organização de pesquisa e defesa Mixed Migration Centre, afirmou: “Os refugiados e os migrantes não têm outra escolha a não ser recorrer aos seus serviços”.

Em dezembro passado, pelo menos oito indivíduos faleceram após traficantes obrigarem migrantes a abandonar um barco no Mar Vermelho, de acordo com a agência de migração da ONU.

Com informações do Estadão Contigo

Publicado por Nótaly Tenório

Fonte por: Jovem Pan

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.