Agente busca integrar o Botafogo a uma rede com proprietário de clube inglês

Empreendedor tenta desassociar o clube de futebol da Eagle Football Holdings com financiamento do bilionário grego Evangelos Marinakis.

01/08/2025 12h53

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

John Textor e Evangelos Marinakis, donos do Botafogo e Nottingham Forest, respectivamente, estão conduzindo negociações para incorporar o clube carioca à rede de equipes do empresário grego. Reuniões entre os dois empresários já ocorreram, enquanto Textor enfrenta desafios pelo controle da Eagle Football Holdings, empresa que administra seus investimentos no futebol, conforme informações do Globo Esporte divulgadas nesta sexta-feira (1.ago.2025).

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O empresário norte-americano procura dissociar o clube Alvinegro do Botafogo, com financiamento de Marinakis. A primeira abordagem é que o bilionário grego auxilie o Textor na recomposição das ações do Botafogo em conjunto com a Eagle.

Há a chance de o clube carioca ser integrado à estrutura que já controla o Nottingham Forest (Inglaterra), Olympiacos (Grécia) e Rio Ave (Portugal).

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A situação presente deriva de disputas financeiras na Eagle Football Holdings. Textor está em litígio com outros acionistas da rede que ele próprio estabeleceu, notadamente com a Ares Management, fundo que financiou sua aquisição do Lyon.

O gestor da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Botafogo pretende criar uma nova empresa nas Ilhas Cayman para gerir o clube após se libertar da Eagle. Na estrutura prevista, o Textor seria o acionista majoritário, com Marinakis como sócio minoritário. O norte-americano também pretende incorporar nessa companhia o RWDM (Royal White Daring Molenbeek) Brussels, clube que atualmente pertence à Eagle.

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O ponto principal é o confronto entre Textor e a Ares Management. O fundo mobilizou uma equipe jurídica no Brasil para analisar os ativos do Botafogo e definir o valor da SAF. Integrantes dessa equipe visitaram a sede do clube na terça (29.jul.2025) e quarta (30.jul.2025) para revisar documentos financeiros e acompanhar as atividades habituais.

A dívida de Textor com a Ares Management totaliza cerca de US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões). O montante foi construído desde 2022, quando o americano obteve financiamento através da empresária Michele Kang, presidente do Lyon, e da Iconic Sports, que ofereceram como garantia 40% das ações da Eagle Football Holdings.

O empresário grego se tornaria acionista majoritário, mantendo o norte-americano à frente da gestão diária do clube carioca na negociação em curso.

A Ares Management, devido à inviabilidade do pagamento da dívida por parte do Textor, busca sua remoção do controle de todos os seus clubes, incluindo o Botafogo.

A Justiça do Rio de Janeiro determinou o bloqueio das operações da Eagle Football Holdings na gestão do Botafogo. A decisão foi proferida na quinta-feira (31.jul.2025) pelo juiz Victor Agustin Cunha Jaccoud, da 3ª Vara Empresarial do TJRJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro).

A decisão reconhece uma dívida de 23 milhões de euros (aproximadamente R$ 152 milhões) da holding com o clube carioca, mantendo John Textor no controle da equipe e evitando alterações na estrutura societária da Eagle. O valor corresponde à metade do montante total devido pela holding ao Botafogo.

A denúncia aponta os bons desempenhos do clube no Campeonato Brasileiro e na Libertadores de 2024, em oposição à crise do Lyon e ao rebaixamento do RWD Molenbeek, da Bélgica. O texto também ressalta que o Botafogo realizou empréstimos para outras equipes do grupo. Após o empate contra o Corinthians, Textor afirmou: “O Botafogo financia a Europa, não o contrário”.

Fonte por: Poder 360

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