Agentes apontam para reduções do governo Trump na Nasa

Trabalhadores e ex-trabalhadores da agência espacial consideram restrições orçamentárias impostas por Washington como “arbitrárias”.

22/07/2025 20h12

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(Imagem de reprodução da internet).

Ex-colaboradores e funcionários da NASA apresentaram uma carta formal de objeção ao administrador interino da agência espacial americana, Sean Duffy, na qual criticam os cortes orçamentais propostos, que consideram “arbitrários”.

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É necessário expressar nossa discordância quando os chefes de governo dão mais importância a interesses políticos imediatos em vez da segurança das pessoas, do progresso científico e do uso adequado dos recursos públicos, conforme divulgado na segunda-feira, dia 21, no site da plataforma Stand Up for Science.

As decisões tomadas são arbitrárias e foram implementadas em contravenção da lei de alocações orçamentárias do Congresso. As consequências para a agência e o país são graves.

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A carta é assinada por 287 indivíduos que atuam ou atuaram na Nasa, e que expressam preocupação com a direção que o governo Trump está assumindo em relação à agência espacial.

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Em março, a NASA anunciou a demissão de sua cientista-chefe, Katherine Calvin. Em 10 de julho, Trump nomeou o secretário de Transportes, Sean Duffy, como administrador interino da agência, após retirar a nomeação do bilionário da tecnologia Jared Isaacman, um aliado do chefe da SpaceX, Elon Musk, ex-aliado do presidente americano.

Adicionalmente, a Casa Branca visa modificar as prioridades da Nasa, que se concentraria em missões de exploração com tripulação em detrimento das voltadas para pesquisa.

Os signatários da Declaração Voyager discordam desses e de outros pontos, incluindo “o fechamento de missões para as quais o Congresso alocou fundos” e “o cancelamento da participação da Nasa em missões internacionais”.

A carta expressa pesar pela extinção de contratos e bolsas da NASA “por motivos externos ao desempenho”, ressaltando que isso resultaria na redução do quadro de pessoal, e denuncia uma cultura de sigilo dentro da agência espacial que não se repetia nas últimas duas décadas.

Foi redigida após outras cartas análogas de funcionários da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) e de trabalhadores dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) com críticas semelhantes contra o governo Trump.

Uma carta de objeção formal é um procedimento oficial da NASA para que os funcionários possam manifestar discordância em casos com a relevância necessária que justificam uma análise por parte da liderança da agência.

Fonte por: Carta Capital

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