Airyn De Niro, filha de uma das maiores lendas de Hollywood, atraiu atenção na última semana após uma entrevista sobre sua experiência como mulher trans. A trajetória da aspirante a atriz se tornou ainda mais especial após Robert De Niro, o pai, declarar seu amor pela filha de 29 anos, que possui um estilo cheio de personalidade, com dreadlocks cor-de-rosa, um símbolo de resistência para ela.
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Conheça melhor a Airyn!
Crescer sendo diferente.
Airyn, nascida em 1995, é filha de De Niro e Toukie Smith, fruto de um relacionamento breve entre os dois. Ao longo de sua vida, buscou evitar a exposição pública decorrente da fama de seus pais, com o apoio deles, que desejaram que ela tivesse uma infância comum. Sua trajetória de crescimento em Nova York foi marcada por experiências de bullying relacionadas ao racismo, pressão estética e preconceito contra a comunidade LGBTQIAP+.
“Eu não me encaixava naquele padrão de beleza, que é magro, branco, musculoso ou simplesmente super em forma, masculino”, contou ela à revista Them. “Sempre me disseram que eu era demais ou de menos quando criança: grande demais, magra demais. Não negra o suficiente, não branca o suficiente. Feminina demais, não masculina o suficiente. Nunca foi só: ‘Você é perfeita, do jeito que você é’.”
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O ator Robert De Niro afirmou ao site Deadline que seu amor por Aaron e Airyn é incondicional, independentemente do gênero. “Eu amava e apoiava Aaron como meu filho, e agora amo e apoio Airyn como minha filha. Não sei qual é o problema… Amo todos os meus filhos”, declarou o pai de sete filhos, incluindo Julian, gêmeo de Airyn.
Caminhos distintos
Em março, o perfil de Airyn na Them foi alvo de diversas publicações de celebridades, com abordagens desrespeitosas, após ser vista com o pai após sua transição. O Daily Mail utilizou o título “nepo baby” e mencionou a “transição chocante”. Para a artista, há uma distinção entre ser visível e ser vista.
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A jovem, que é aspirante a modelo e dubladora, acredita que sua carreira deve ser desenvolvida de acordo com seus próprios termos. “Não fui criada tendo um papel secundário em um dos filmes do meu pai, nem indo a reuniões de negócios ou a estreias. Meu pai era muito fã de encontrarmos o nosso próprio caminho. Eu queria que o sucesso acontecesse por mérito próprio”, ela declarou.
No entanto, seguir seu próprio caminho sem depender de laços genealógicos torna o processo mais difícil. Entre os papéis que ela afirmou já ter feito testes, mas sem ser escolhida, estão o de Jules, interpretada por Hunter Schafer em Euphoria, e duas audições para o jogo League of Legends – ela é fã de videogames.
O apoio do pai e a inspiração.
A jovem de 29 anos, que também estuda para atuar como conselheira de saúde mental, desejava inspirar pessoas como ela – ao menos uma. “Eu gostaria de ver mais mulheres trans, mais mulheres negras que talvez tenham corpos maiores ou que não se encaixem no modelo de magreza excessiva ou heroin chic”, comentou.
Airyn identificou referências importantes em artistas negras, incluindo Naomi Campbell, Laverne Cox — que respondeu ao elogio em vídeo —, Keke Palmer, Raven Symoné e Tyla. “Acho que assumir essa nova identidade, ao mesmo tempo em que me orgulho mais da minha negritude, me faz sentir mais próxima delas de alguma forma”, declarou ela.
Na galeria abaixo, algumas das musas inspiradoras de Airyn:
Fonte: Metrópoles