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Al Jazeera levará notícia de morte de cinegrafista em Gaza ao Tribunal Penal Internacional


Al Jazeera levará notícia de morte de cinegrafista em Gaza ao Tribunal Penal Internacional
(Foto Reprodução da Internet)

A rede de televisão Al Jazeera vai começar o processo de encaminhamento do assassinato do cinegrafista Samer Abu Daqqa em Gaza ao Tribunal Penal Internacional (TPI), disse a rede em um comunicado.

“A Al Jazeera informou que no sábado, 16 de dezembro de 2023, a rede criou um grupo de trabalho com sua equipe jurídica internacional e especialistas jurídicos internacionais. Eles trabalharão juntos para compilar um arquivo completo que será apresentado ao promotor do tribunal.”

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Abu Daqqa faleceu na sexta-feira (15) após ser atacado por Israel. A rede criticou Israel pela morte, descrevendo-a como um “assassinato”.

A Al Jazeera também disse que o processo legal inclui o que chamou de “ataques recorrentes às equipes da rede que trabalham e operam nos territórios palestinianos ocupados e casos de incitamento contra eles”.

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“A rede afirmou que, de acordo com o artigo 8º da Carta do Tribunal Penal Internacional, é considerado crime de guerra o ataque intencional através de assassinato ou agressão física contra correspondentes de guerra ou jornalistas que trabalham em zonas de guerra ou territórios ocupados.”

Investigações sobre crimes de guerra

No mês passado, Karim Khan, o procurador do TPI, afirmou que seu escritório recebeu solicitações de investigação de cinco países. Essas solicitações estão relacionadas a possíveis crimes ocorridos nos territórios palestinos durante a resposta de Israel aos ataques do Hamas, ocorridos em 7 de outubro.

Israel não faz parte do Tribunal Penal Internacional e não aceita a autoridade desse órgão.

A assessoria de imprensa das Forças de Defesa de Israel (FDI) informou que a instituição toma todas as medidas “operacionalmente viáveis” para proteger civis e jornalistas em suas ações.

“A FDI nunca teve e nunca terá intenção de atingir propositalmente os jornalistas. Devido aos tiroteios constantes, ficar em uma área de combate apresenta riscos óbvios. A FDI continuará a enfrentar as ameaças, buscando ao mesmo tempo reduzir os danos aos civis afetados.”


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