Alckmin afirma que Lula solicitou a Trump a suspensão da tarifa de 40% durante negociações

Alckmin se mostra otimista em relação a tarifas com os EUA

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, expressou otimismo sobre a possibilidade de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aceitar o pedido do Brasil para suspender a tarifa de 40% sobre produtos brasileiros. A conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Trump ocorreu na semana passada.

“O pedido do presidente Lula foi que, enquanto as negociações estão em andamento, a tarifa de 40% seja suspensa. Isso seria benéfico para ambos os lados. Há muitas oportunidades de parceria entre Brasil e EUA”, afirmou Alckmin neste domingo (12). Ele destacou que já houve avanços, como a redução da tarifa sobre celulose e ferro-níquel para 0%, representando 4% das exportações brasileiras.

Alckmin também mencionou a diminuição das tarifas sobre madeira serrada e macia, que caiu de 50% para 10%, e móveis, que passaram de 50% para 25%. “Precisamos avançar mais rapidamente”, acrescentou após uma missa em Aparecida (SP).

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Expectativas de encontros entre líderes

Há expectativas de que os líderes se encontrem pessoalmente na Malásia no final do mês, após um breve diálogo na assembleia-geral da ONU. Alckmin comentou que não vê obstáculos nas negociações com os EUA, mesmo com a indicação de Marco Rubio como secretário de Estado. “A orientação do presidente Trump foi clara: queremos diálogo e entendimento, e o Brasil sempre defendeu isso”, disse.

A indicação de Rubio gerou apreensão no governo brasileiro e foi bem recebida pela direita. Recentemente, Rubio criticou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e anunciou a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes e sua esposa. Ele também teve encontros com o deputado federal Eduardo Bolsonaro e fez comentários sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Avanços no combate à pobreza

Alckmin também comentou sobre os avanços do Brasil no combate à pobreza, destacando a saída do País do Mapa da Fome da ONU. No entanto, ele ressaltou que a “tarefa nunca termina”. “É fundamental avançar diariamente para melhorar a qualidade de vida da nossa população”, concluiu.