Alemães protestam contra proibição LGBTQIA+ na Hungria
O primeiro-ministro Viktor Orban sancionou lei em março que estabeleceu fundamentos legais para a polícia impedir desfiles do orgulho.

Dezenas de alemães viajaram para Budapeste, na Hungria, na manhã desta sexta-feira (27) para participar da Parada do Orgulho LGBTQIA+ que foi proibida neste fim de semana.
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O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, havia alertado para que ninguém comparecesse.
Benjamin Dick, porta-voz da viagem, declarou que, apesar do desconforto, a proibição reforça nossa determinação de seguir adiante e demonstrar solidariedade em conjunto.
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O primeiro-ministro Viktor Orbán declarou que haveria consequências legais para aqueles que organizassem ou participassem da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Budapeste, em face da proibição policial ao evento programado para o final de semana.
“Como homem gay, é importante para mim que meus direitos sejam assegurados”, declarou o jovem Tim Stenzhorn antes de pegar o ônibus.
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“Eu insisto em afirmar que não estou concordando em permanecer aqui, na Hungria. Se você observar para os Estados Unidos ou a Polônia, nossos direitos estão sendo atacados”, acrescentou ele.
A Assembleia da Hungria, onde o partido de direita Fidesz, liderado por Orbán, detém uma maioria expressiva, aprovou em março uma legislação que estabeleceu fundamentos para a polícia restringir desfiles LGBTQIA+, sob o argumento de que a proteção de menores substituiria o direito à manifestação.
A legislação também possibilita que a polícia utilize câmeras de reconhecimento facial para identificar os envolvidos e impor sanções administrativas.
A crítica considera a proibição da Marcha do Orgulho como parte de uma repressão mais ampla às liberdades democráticas, antecipando o período eleitoral do próximo ano, em que Orbán enfrentará forte oposição, conforme indicado por pesquisas de opinião recentes que o apontam como vencedor.
Fonte por: CNN Brasil