Alemanha impõe ultimato à Rússia para que aceite um cessar-fogo ou enfrente sanções
A porta-voz do governo alemão afirma que, caso um cessar-fogo não seja estabelecido até o final do dia, o lado europeu iniciará os preparativos.
A Alemanha declarou que os países europeus iniciarão novas sanções contra a Rússia, a menos que o governo de Vladimir Putin comece a implementar um cessar-fogo de 30 dias no conflito com a Ucrânia ainda nesta segunda-feira (12).
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As Forças Armadas do país relataram que a Rússia conduziu dezenas de ataques ao longo da frente de batalha no leste da Ucrânia na segunda-feira (12).
Adicionalmente, destacaram-se um ataque noturno envolvendo mais de 100 drones, mesmo com a proposta de cessar-fogo da Europa e de Kiev.
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“O tempo está passando”, declarou um porta-voz do governo alemão em uma coletiva de imprensa em Berlim.
Ainda há 12 horas até o fim do dia e, caso o cessar-fogo não seja estabelecido até lá, a parte europeia iniciará os preparativos para as sanções, declarou o porta-voz.
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Os líderes das quatro maiores potências europeias viajaram a Kiev no sábado e solicitaram um cessar-fogo imediato de 30 dias, a partir de segunda-feira.
O presidente russo, Vladimir Putin, indicou implicitamente que não aceitava a proposta, sugerindo diás diretos entre Rússia e Ucrânia na Turquia, que poderiam, em tese, resultar em um cessar-fogo.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que viajaria a Istambul para se encontrar com Putin, em uma nova etapa nas negociações de paz.
O Kremlin não respondeu a essa proposta mais recente.
Putin e Zelensky não se encontram desde dezembro de 2019 – mais de dois anos antes do lançamento em larga escala da Rússia na Ucrânia – e não escondem o antipatia mútua.
Manobras diplomáticas
As tropas russas intensificaram ataques na linha de frente oriental da Ucrânia na segunda-feira (12), após o início do cessar-fogo proposto, segundo um comunicado militar ucraniano.
A intensidade dos confrontos permanecia no mesmo patamar que ocorreria sem um acordo de cessar-fogo, informou Viktor Trehubov, representante das Forças Armadas na frente leste da Ucrânia.
As partes buscam demonstrar ao presidente dos EUA, Donald Trump, que estão trabalhando em favor do objetivo de uma paz rápida na Ucrânia, ao mesmo tempo em que tentam descreditar o outro lado como um obstáculo aos seus esforços.
A Ucrânia busca intensamente mais apoio militar dos Estados Unidos, que foi fornecido pelo ex-presidente Joe Biden.
Enquanto isso, a Rússia identifica uma chance de se desvencilhar das sanções econômicas e interagir com a maior economia global.
A Europa está buscando manter boas relações com Trump, mesmo após a aplicação de tarifas, na expectativa de que ele apoie com mais convicção a causa da Ucrânia, que considera fundamental para a segurança do continente.
Fonte: CNN Brasil
