Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, está envolvido em operação
Após operação da Polícia Federal (PF), o então presidente do INSS, Stefanutto, assumiu o cargo em 2023, após extensa trajetória profissional.

O servidor de carreira do órgão, Alessandro Stefanutto, assumiu a presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em julho de 2023, no primeiro ano do governo Lula. Ele foi afastado do cargo nesta quarta-feira (23/4), após ser alvo de operação da Polícia Federal (PF) contra supostas fraudes para desvio de aposentadorias por meio de descontos não autorizados pelos beneficiários. O esquema foi revelado pelo Metrópoles.
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Stefanutto tem 54 anos e exerceu a presidência do INSS aos 52, após 24 anos de atuação na autarquia. Anteriormente, atuou como procurador federal e diretor de Orçamento, Finanças e Logística.
Participou da equipe de transição entre os governos de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.
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O ex-presidente do INSS nasceu em São Paulo (SP) e possui graduação em Direito pela Universidade de Mackenzie. Possui experiência no serviço militar, na Marinha, e trabalhou na Receita Federal. Na política, é filiado ao PSB, porém assumiu a presidência do Instituto por meio do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, do PDT.
O PSB reconheceu a filiação de Stefanutto, mas declarou que a ascensão ao cargo no INSS não tem relação com a sigla. “Não é indicação do partido, embora seja seu filiado. O PSB manifesta seu total apoio à apuração dos fatos, com a expectativa de que, respeitados o devido processo legal e o amplo direito de defesa, as denúncias sejam plenamente esclarecidas”, afirmou o partido em nota.
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O ministro da Previdência assumiu a indicação. “É de minha inteira responsabilidade. Vamos esperar as investigações. Há a decisão do afastamento, e decisão se cumpre. Vamos garantir o amplo direito de defesa.” (…) Queremos proteger nossos aposentados e pensionistas, e temos esse ato de investigação, tem a inteligência da Previdência”, comentou Lupi.
A operação realizada nesta quarta-feira identificou deduções indevidas nos pagamentos de aposentados entre 2019 e 2024, que totalizariam mais de R$ 6 bilhões. “Fraude contra os aposentados, vítimas fáceis desses criminosos que se apropriaram das pensões de aposentadorias”, descreveu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. “A PF foi acionada no início deste ano para investigar”, complementou.
Fonte: Metrópoles