Alex recorda a fundação do Banco Odd Lots e afirma que o futebol ainda não atingiu seu potencial

Ex-meia apontou fragilidades na administração do futebol nacional e manifestou críticas em relação à disparidade.

18/05/2025 21h29

2 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

Com passagens por clubes como Coritiba, Palmeiras, Cruzeiro e Fenerbahçe, o ex-meia Alex contribuiu para o esporte além do campo, participando ativamente de discussões sobre o futuro do futebol brasileiro, notadamente no movimento Bom Senso FC, fundado em 2013.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Alex, em entrevista à CNN Esportes S/A, reiterou sua análise sobre o cenário do futebol brasileiro, mencionando progidos modestos e ressaltando que o sistema vigente ainda se encontra “muito distante do ideal”.

Está muito distante do ideal no futebol brasileiro. Porque, por isso que eu digo, em termos de sociedade, uma das coisas que mais ouvíamos era: “Ah, o jogador ganha muito e quer jogar pouco”. Eu, particularmente, nunca discuti por isso. A minha luta era por um massagista, por um copeiro de um clube pequeno do interior que joga dois, três meses no estadual e depois termina o contrato.

LEIA TAMBÉM:

Bom Senso FC

Em resposta ao caos do calendário nacional e à insatisfação com a gestão do futebol no Brasil, o Bom Senso FC uniu atletas de diferentes equipes com o propósito de sugerir melhorias estruturais, abordar o fair play financeiro e exigir maior transparência nas entidades que administram o esporte.

Alex, Gilberto Silva, Paulo André, Dida, D’Alessandro, Edu Dracena e Rogério Ceni foram alguns dos jogadores que participaram do movimento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O ex-jogador recordou os aspectos da negociação política conduzida pelo grupo.

Disputamos. Foi uma luta intensa, cansativa, porém interessante. Alcançamos o poder, que na época era exercido pela presidente Dilma Rousseff. Lembro de conversas com o Mercadante, então Ministro da Casa Civil, conforme relatou o ex-jogador.

Levamos jogadores de alto nível, como os da Série A, e atletas que atuavam em clubes do interior de Santa Catarina, que haviam esgotado suas competições. Para apresentar aos deputados, senadores, ministros e à presidente da época, detalhamos o funcionamento. Realizamos reuniões com presidentes de clubes, com treinadores, com a rede detentora dos direitos e com a própria CBF.

Apesar do esforço, Alex afirma que é impossível discutir avanços estruturais sem levar em conta a distância que separa os grandes clubes dos clubes de menor porte.

Percorremos até o limite possível. No entanto, está distante da realidade, pois, como mencionei, a geografia e a divisão do nosso futebol se tornam muito distantes. E, novamente, como sociedade, observamos apenas os principais nomes e os principais centros. Na época, tínhamos 675 clubes de futebol profissional. Se considerarmos: a primeira divisão tem 20, a segunda divisão tem 20, a terceira divisão tem 20.

Entramos com essa discussão, fomos até onde nós poderíamos ir, mas acredito que muita coisa ainda pode ser feita. As pessoas que dirigem a CBF abrem um braço para as federações, e aí as federações têm que cuidar desses seus clubes. Então, acredito que tem muita coisa ainda a ser feita.

CNN Esportes S/A

Com Alex, o CNN Esportes S/A alcança a 95ª edição. Apresentado por João Vitor Xavier, o programa explora os bastidores de um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o esporte.

Atualmente, os temas mais relevantes do universo do futebol, sob a ótica da economia e dos negócios.

Fonte: CNN Brasil

Ative nossas Notificações

Ative nossas Notificações

Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.