Alexandre de Moraes avalia a resposta à Lei Magnitsky nos EUA

Alexandre de Moraes demonstra firmeza na aplicação das sanções da Lei Magnitsky, ignorando pressões externas provenientes dos Estados Unidos.

01/08/2025 14h09

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(Imagem de reprodução da internet).

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tornou-se um dos nomes mais discutidos no cenário político brasileiro. Essa situação se acentuou, contudo, após as sanções aplicadas pelos Estados Unidos por meio da Lei Magnitsky.

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Contudo, Moraes tem se mostrado determinado. Dessa forma, fez questão de não ser influenciado pelas ações e permanece focado em suas atribuições no STF.

Qual é a Lei Magnitsky e por que Moraes foi sancionado?

A Lei Magnitsky, implementada pelos Estados Unidos em 2012, busca responsabilizar pessoas físicas envolvidas em violações de direitos humanos e corrupção. O governo americano recentemente impôs sanções a Alexandre de Moraes, o que provocou grande impacto no Brasil. De acordo com o governo Trump, a inclusão do nome de Moraes na lista de sancionados estaria relacionada às ações desempenhadas por ele no STF, notadamente no julgamento de fatos relacionados ao ataque de 8 de janeiro de 2023, data do atentado ao Congresso Nacional.

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Apesar da medida, Moraes tem demonstrado uma postura de indiferença em relação às sanções, afirmando que não há preocupação com as consequências diretas, como a perda de vistos ou restrições financeiras. O ministro ressaltou que não possui bens ou contas nos Estados Unidos, o que faz com que ele não se veja afetado por essas restrições.

A decisão de Alexandre de Moraes sobre as sanções.

Após sua primeira declaração pública após a aplicação da Lei Magnitsky, Moraes enfatizou que continuaria com seu trabalho no STF, sem se abalar pelas sanções. Na reabertura do semestre do Judiciário, o ministro deixou claro que o tribunal ignoraria as punições e seguiria com os julgamentos, como sempre fez. A postura de Moraes reflete sua confiança no papel do Supremo e sua independência em relação a pressões externas.

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Ademais, Moraes imputou a responsabilidade para a organização das penalidades a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, mencionando, sem identificá-lo diretamente, o deputado Eduardo Bolsonaro, que teria atuado em conjunto com o governo dos Estados Unidos para incluir seu nome na lista de sancionados. Moraes direcionou críticas ao deputado, qualificando-o de “covarde” e sugerindo sua fuga do Brasil para evitar as consequências de seus atos.

O posicionamento do Supremo Tribunal Federal e a defesa de Moraes.

A declaração de Alexandre de Moraes contou com o apoio de outros membros do STF. O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, defendeu a independência e imparcialidade do tribunal, afirmando que as ações do STF se basearam em provas e em total transparência. Além disso, Gilmar Mendes, também ministro do STF, declarou que as sanções impostas a Moraes refletiam pressões externas, como lobbies e interesses políticos de grandes empresas de tecnologia, e que o tribunal não cederia a esse tipo de pressão.

Os debates sobre o processo judicial relacionado aos atos terroristas de 8 de janeiro.

Alexandre de Moraes mantém a condução dos processos relacionados aos acontecimentos de 8 de janeiro, data em que houve a tentativa de golpe contra a democracia no Brasil. O ministro assegurou que todos os responsáveis serão julgados com base nas evidências, e os que forem considerados inocentes receberão suas condenações conforme a legislação, sem receios ou pressões de qualquer tipo.

Conclusão

Apesar das multas e das críticas externas, Alexandre de Moraes tem mantido uma posição sólida e resistente às pressões políticas. Sua decisão de prosseguir com os processos do STF, sem se deixar afetar por interesses estrangeiros, demonstra seu compromisso com a justiça e a autonomia do Poder Judiciário brasileiro.

Fonte por: FDR

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