Alexandre de Moraes e o STF não foram assuntos discutidos em reuniões com a comitiva de senadores nos EUA, afirma Espiridião Amin

O senador Esperidião Amin (PP), membro da comitiva de senadores em Washington para discutir as tarifas entre os Estados Unidos e o Brasil, declarou nesta quarta-feira (30) que o grupo não abordou ou foi consultado por congressistas e empresários americanos sobre possíveis ações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Sobre o Supremo e o ministro Alexandre de Moraes, não houve nenhum contato a respeito”, afirmou Amin em entrevista a jornalistas em Washington.

Amin respondeu a questionamentos sobre o tratamento dado ao governo brasileiro às grandes empresas de tecnologia americanas, as “big techs”, afirmando que o Congresso brasileiro tem a intenção de abordar o assunto. Ele mencionou um projeto de sua autoria que, segundo ele, diminuiria os efeitos das decisões judiciais sobre a remoção de conteúdo. “Apresentamos um projeto de lei, que deve ser discutido a partir de 4 de agosto, para atenuar essa responsabilidade que seria transferida às big techs, o que, a meu ver, representaria uma censura prévia. O Congresso brasileiro já está com a intenção de reduzir o impacto”, declarou o senador do PP.

A Proposta de Lei 3.283/2025 determina que as plataformas da internet informem, em até 24 horas, ao órgão de controle externo da atividade de inteligência do Congresso Nacional, ao Conselho Nacional de Justiça, ao Conselho Nacional do Ministério Público e ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, cada vez que removerem conteúdo sem ordem judicial.

A delegação de senadores realizou uma viagem aos Estados Unidos para uma série de reuniões com parlamentares e empresários norte-americanos com o objetivo de exercer pressão sobre Donald Trump em relação ao adiamento do início da vigência das novas tarifas. A senadora Tereza Cristina (PP) declarou que a viagem é “o início de uma série de conversas” e o grupo retorna com a missão de aprimorar o relacionamento entre os Congressos dos dois países. “O que realizamos aqui: abrir portas, desgelar o clima, dialogar com as empresas e verificar se essa questão é levada à Casa Branca”, afirmou a parlamentar.

Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Carol Santos

Fonte por: Jovem Pan