Aliados acreditam que incerteza no Ministério da Justiça pode complicar a situação de Dino
Os aliados de Dino avaliam que a incerteza no Ministério da Justiça pode causar constrangimentos.

Segundo membros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso o Ministério da Justiça seja trocado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), isso pode causar alguns problemas políticos imediatos para Flávio Dino.
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A posse só ocorrerá em fevereiro. Até lá, Dino se encarregará da transição na pasta. Ele também deverá ser consultado pelo presidente Lula sobre seu sucessor.
Nesta quarta-feira (13), o Senado aprovou Dino como herdeiro de 344 ações que estavam no gabinete de sua antecessora, Rosa Weber. Uma delas é um inquérito que investiga o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que é colega de Dino na Esplanada.
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A tendência, segundo aliados, é que Dino se declare impedido no caso.
O ministro das Comunicações é investigado pela Polícia Federal no inquérito que apura desvios de emendas parlamentares por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Ele nega as irregularidades.
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Os aliados também acham que Dino demorar para sair do Ministério da Justiça pode causar problemas para o próximo ministro do STF. Isso porque ele continuará tomando decisões políticas mesmo após ser aprovado pelo tribunal.
Outro problema é que a Polícia Federal, que faz parte do Ministério da Justiça, pode acabar impedindo-o de atuar nesses casos.
Em uma entrevista à imprensa hoje, Dino informou que ele irá assumir o cargo no dia 22 de fevereiro e está planejando uma transição no Ministério da Justiça.
O ministro afirmou que não acredita na existência de um interino no cargo. Caso o presidente indique um substituto antes de 22 de fevereiro, essa pessoa deve assumir o mandato como senador até tomar posse na Suprema Corte.