Aliança Atlântica solicita incremento de 400% na defesa aérea frente à ameaça russa
O secretário-geral, Mark Rutte, defende o aumento da capacidade militar para proteger a Europa durante discurso em Londres.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, solicitou nesta segunda-feira (9.jun.2025) que os países membros da aliança militar do Ocidente aumentem suas capacidades de defesa aérea para proteger a Europa da Rússia. A solicitação foi feita durante um discurso no centro de estudos Chatham House, em Londres.
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Rutte afirmou que a organização requer um incremento de 400% em sua proteção aérea e de mísseis para garantir uma dissuasão eficaz contra o governo de Vladimir Putin. O secretário-geral complementou: “Observamos na Ucrânia como a Rússia espalha o terror no ar, fortaleceremos o escudo que protege nossos céus”.
O governo russo reagiu às declarações. Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que “a Otan, após tirar a máscara, está demonstrando de todas as formas possíveis sua própria natureza como instrumento de agressão e confronto”.
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A reunião de Rutte em Londres, com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, faz parte de uma série de encontros diplomáticos. Na semana anterior, o secretário-geral esteve em Paris. As reuniões integram o esforço da aliança para definir novos objetivos de despesas militares.
Rutte afirmou, em seu pronunciamento, que a Rússia estabeleceu aliança com a China, a Coreia do Norte e o Irã. O secretário-geral também expressou preocupação com a capacidade de produção bélica russa, declarando que o país “está produzindo mais armas do que estimamos” e que, em relação aos munições, o país “produz em três meses o que a OTAN produz em um ano”.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defende que os gastos com defesa dos membros da Otan sejam elevados a 5% do PIB de cada país-membro. A meta atual é de 2%. Pete Hegseth, secretário de Defesa norte-americano, indicou na quinta-feira (5.jun.2025), em Bruxelas, que os aliados estão próximos de um acordo.
A formalização poderá ser anunciada durante a cúpula da Otan, agendada para os dias 24 e 25 de junho, na cidade holandesa de Haia. Os países do bloco ocidental estão trabalhando para aumentar seus orçamentos militares desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Rutte declarou que “o risco não vai desaparecer mesmo quando a guerra na Ucrânia terminar”. Além do incremento na defesa aérea, o líder da OTAN afirmou que os exércitos da aliança “necessitam de mais milhares de veículos blindados e tanques, milhões de projéteis de artilharia adicionais”, além de “duplicar” sua capacidade logística.
O Reino Unido já se comprometeu a aumentar seu orçamento de defesa para 2,5% do Produto Interno Bruto até 2027, com metas de atingir 3% após 2029. O governo britânico também planeja construir até 12 submarinos de ataque com propulsão nuclear a partir de 2030. Adicionalmente, foi projetada a construção de 6 fábricas de munições e instalações para a produção de armas de longo alcance.
Fonte por: Poder 360