Aliança Liberal Alemã (AfD) move ação judicial contra avaliação extremista
A classificação possibilita que a agência de espionagem aumente o vigilante, recrutando informantes e interceptando as comunicações da Alternativa para a Alemanha.

O partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha entrou com uma ação nesta segunda-feira (5) contestando a decisão da semana passada da agência de inteligência doméstica de classificá-lo como uma organização extremista.
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O porta-voz do tribunal administrativo afirmou que uma ação judicial e uma petição de emergência foram apresentadas, e que ambas seriam analisadas após a confirmação da agência de inteligência doméstica BfV sobre o recebimento da notificação.
A classificação como extremista divulgada na sexta-feira (2) possibilita que a agência de espionagem amplie o monitoramento do AfD, incluindo a contratação de informantes e a interceptação das comunicações do partido.
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Um relatório de 1.100 páginas dos especialistas da agência concluiu que o partido é uma organização racista e antimusulmana, que não deve ser divulgado ao público.
A Alternativa para a Alemanha obteve a segunda posição em uma eleição parlamentar em fevereiro, com aproximadamente 21% dos votos, consolidando-se como o maior partido de oposição no Parlamento.
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Friedrich Merz, líder de centro-direita, tomará posse como chanceler na terça-feira (6), liderando uma coalizão que engloba o SPD, de centro-esquerda.
A Alemanha possui leis rigorosas contra o extremismo político, conforme avaliam as autoridades como uma responsabilidade especial, devido ao passado nazista do país, visando proteger a democracia.
O AfD afirma que a designação como extremista é uma tentativa politicamente motivada de descreditar e criminalizá-lo.
O novo governo analisará se lançará uma tentativa de proibição total do partido, declarou Lars Klingbeil, líder do SPD, na semana passada.
Apoio externo ao partido
Ex-membros do governo Trump nos EUA criticaram a classificação do AfD, com o secretário de Estado Marco Rubio afirmando que a Alemanha deveria reconsiderar a decisão.
O bilionário Elon Musk, aliado próximo do presidente Donald Trump, lançou uma campanha de apoio ao Alternativa para a Alemanha.
Na segunda-feira (5), Moscou se juntou a Washington para criticar a classificação extremista do partido, que se opõe ao apoio militar alemão à Ucrânia na guerra contra a Rússia.
O próprio cenário político europeu está agora repleto de várias medidas restritivas contra as forças políticas e indivíduos cuja visão de mundo não se encaixa na corrente dominante, comentou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
forma clara
Fonte: CNN Brasil