Almir Garnier é ouvido em julgamento do caso do golpe
Ex-chefe do Estado-Maior do Exército responde a questionamentos sobre envolvimento em possível esquema golpista.

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciará oitiva, na manhã desta terça-feira (10), do ex-comandante da Marinha Al Garnier em processo penal que investiga um suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.
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O Garnier foi o único militar das Forças Armadas a participar do plano de golpe.
Segundo investigações e depoimentos de testemunhas já ouvidas, Garnier disponibilizou as tropas da Marinha para o governo de Jair Bolsonaro (PL).
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A atuação do Garnier foi um dos pontos de discordância nos depoimentos dos ex-comandantes Freire Gomes e Baptista Júnior ao STF nas últimas semanas.
Segundo Baptista Júnior, Garnier teria disponibilizado tropas para Bolsonaro, indicando apoio ao golpe. Freire Gomes, contudo, reduziu a importância do gesto e negou ter considerado como conluio, embora declarações anteriores à Polícia Federal sugerissem o contrário.
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Garnier foi denunciado por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, entre outros crimes.
Perguntas
A inquirição é uma etapa fundamental da fase de instrução penal, na qual são obtidas novas provas no processo. Ela está sendo realizada presencialmente no plenário da Primeira Turma, em Brasília.
Até o presente momento, já prestaram depoimento o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid; e o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
Após finalizados os depoimentos, serão notificadas as defesas e elas contarão com cinco dias para solicitar esclarecimentos adicionais, novas investigações ou medidas consideradas indispensáveis. Subsequentemente, deverão apresentar suas alegações finais, no prazo de 15 dias.
Em seguida, o ministro relator do caso elabora seu voto e encaminha o caso para julgamento. Marcado pelo presidente da Turma, Cristiano Zanin, o julgamento decidirá pela condenação ou absolvição dos réus.
Fonte por: CNN Brasil