Alok divulga manifesto contra o uso excessivo de inteligência artificial na área das artes

O DJ apresentará o novo manifesto em sua apresentação no Pacaembu, na zona oeste de São Paulo, em 28 de junho.

17/05/2025 14h59

4 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O DJ Alok, com 33 anos, publicou uma declaração que critica o uso excessivo de inteligência artificial (IA) e aponta a relevância da atuação humana na criação artística.

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“Keep Arte Human” (do inglês, mantenha a arte humana) está em consonância com o conceito apresentado pelo goiano nos shows que ele fez na edição do Coachella deste ano. Alok trouxe para o palco dançarinos treinados pela Urban Theory que substituíram os telões e criaram um painel interativo humano.

Observou o artista em coletiva de imprensa que algumas pessoas, ao assistirem à apresentação, acreditavam que se tratava de inteligência artificial ou de alguma computação gráfica. Possuindo experiência com tecnologia em sua carreira, ele tem a propriedade de abordar o tema.

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Alok defende no manifesto que a IA deve ser considerada uma ferramenta de apoio aos artistas, e não uma substituição de suas habilidades. Ele também busca destacar as restrições regulatórias e a segurança relacionadas a essa tecnologia.

Para criar arte, é necessário ter alma. Não se vê a tecnologia como um obstáculo, mas sim como uma ferramenta de apoio. É um período de resistência, no qual os artistas devem preservar a cultura. Não há discussões sobre a segurança da inteligência artificial, pois ninguém sabe as consequências quando ela começa a impactar a minha área e a minha cultura. É preciso se posicionar, buscando integrar e não perder o nosso espaço. Como utilizo a tecnologia a favor da minha carreira, possuo legitimidade para falar. Os drones, por exemplo, são programados por humanos, e a criação é guiada por eles.

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Verifique o manifesto em sua totalidade.

Mantenha a arte humana.

A arte é a manifestação da alma. Em meio ao barulho e ao silêncio das máquinas, ela nos recorda que ainda sentimos, ainda imaginamos, ainda movemos-nos ao ritmo da música.

A alma é singular, incontrolável, imprevisível. Não tem forma, não tem código e não depende de atualizações. É o tremor da mão que cria, o coração acelerado que se expressa, as veias que pulsam com a urgência de contar histórias. Nenhuma inteligência artificial é capaz de capturar completamente a emoção que guia o traço de um pincel, o movimento de uma dança, o erro de uma tentativa.

Keep Art Human é um convite para celebrar a arte de viver, e demonstra que a vida não é um algoritmo, é uma representação de nós mesmos – imperfeitos, contraditórios, humanos.

Alok e Urban Theory lançam um manifesto em meio a luzes e movimentos, fortalecendo as vozes daqueles que ainda acreditam na arte como um ato de existência.

A Keep Art Human não descarta a tecnologia: valoriza a essência por trás da criação, potencializando nossas ações. Drones, luzes e ferramentas digitais são instrumentos notáveis para encantar o público, desde que orientados pela emoção humana, e não por inteligências artificiais ou quaisquer outras reproduções sintéticas da nossa sensibilidade criativa. Esses recursos se unem não para obscurecer a arte, mas para iluminá-la, fazendo da tecnologia uma aliada, não uma substituta. Esta é a nossa manifestação viva: a revolução não é digital, é humana.

Enquanto existir alma, haverá arte. E onde houver arte, existirá humanidade para narrar sua própria história.

Keep Art Human é uma reflexão sobre uma verdade inegável: se há algo a ser copiado, é porque antes foi vivido.

Show no Pacaembu

Alok pretende apresentar esse manifesto em seu show da turnê “Aurea” na Arena Mercado Livre Pacaembu, em São Paulo, no dia 28 de junho. O DJ afirmou que deseja utilizar o trabalho do Urban Theory, empregado no Coachella na apresentação, e promover uma união entre a tecnologia e a pirotecnia, que caracterizam suas performances, com o efeito humano.

Devido ao seu caráter inédito, a apresentação ainda está sendo desenvolvida pelo artista, conforme ele revelou em coletiva de imprensa.

“Vai ser um show totalmente distinto, inclusive para nós. Há a influência do Coachella, mas também uma nova vertente com dançarinos, integrados com lasers e drones. A proposta da dinâmica do palco é muito diferente de tudo o que eu já realizei”, declarou.

Os ingressos para o show de Alok no Pacaembu estão disponíveis no site oficial da Ingresse. As entradas variam de R$ 70 (meia-entrada da arquibancada central) a R$ 900 (inteira do camarote open bar), com 30% de desconto para clientes do Banco do Brasil.

Alok teme exclusão de visto para artistas em shows nos Estados Unidos.

Fonte: CNN Brasil

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