Amazônia perdeu 2,3 mil quilômetros quadrados de floresta entre agosto e março

Entre agosto de 2024 e março de 2025, a região amazônica registrou a remoção de 2.296 km², um volume superior à área da cidade de Palmas, no Tocantins.

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(Imagem de reprodução da internet).

O desmatamento na Amazônia entre agosto de 2024 e março de 2025 atingiu 2.296 quilômetros quadrados, conforme dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia. Esse valor representa um aumento de 18% em relação ao período de agosto de 2023 a março de 2024, que totalizou 1.948 km². A área desmatada no último período é maior que a cidade de Palmas, capital do Tocantins.

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A avaliação da remoção da cobertura vegetal na Amazônia ocorre de agosto de um ano para julho do ano subsequente, conforme dados estatísticos oficiais produzidos pelo sistema do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Entre 2008 e 2021, o Imazon identificou um pico na destruição da floresta, com a remoção de 5.552 km² de área entre agosto de 2020 e março de 2021.

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Em 2023 e 2024, o Ibama constatou uma diminuição de 30,8% no desmatamento na Amazônia em relação ao ano anterior.

Apesar dos indicadores estarem abaixo de níveis anteriores, o crescimento em 2025 representa um alerta. A situação se encontra em uma janela temporal que pode possibilitar a retomada de chuvas mais frequentes na região. Assim, os impactos na floresta não são tão severos quando comparados aos meses mais secos, como junho a outubro. A pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim, ressalta a necessidade de ação urgente.

Desmatamento em marco

No Amazonas, apenas o município de Apuiarí foi responsável por 38% do desmatamento registrado. A cidade lidera em perda de vegetação durante o período, com uma área de 15 km². As demais quatro localidades entre as cinco maiores são Itaituba (PA/13 km²), Maués (AM/11 km²), Colniza (MT/11 km²) e Nova Maringá (MT/8 km²).

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Em março, Mato Grosso liderou o desmatamento entre os estados, com 65 km² da Amazônia desmatados, representando 39% dos 167 km² totais do bioma brasileiro no período de 30 dias.

O incremento do desmatamento ocorre nas áreas adjacentes à realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, prevista para novembro deste ano.

Queima de vegetação.

No início de 2025, as queimadas detectadas pelo Inpe na Amazônia apresentaram queda de 69% em relação aos primeiros quatro meses de 2024, totalizando 2.629 focos de calor.

Fonte: Metrópoles

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