Amorim avisa Maduro que a situação com a Guiana pode ficar fora de controle, de acordo com informações de pessoas próximas - ZéNewsAi

Amorim avisa Maduro que a situação com a Guiana pode ficar fora de controle, de acordo com informações de pessoas próximas

04/12/2023 às 16h45

Por: José News

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O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, disse ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que a situação com a Guiana pode sair de controle, e que o Brasil não quer a presença de tropas estrangeiras na Amazônia.

O alerta foi feito durante a viagem de Amorim a Caracas antes da realização do referendo sobre a anexação de parte do território da Guiana, que aconteceu domingo (3) e que teria sido vencido com 95% dos votos, conforme o regime venezuelano.

Durante a viagem, Maduro disse a Amorim que não haverá guerra, porém, as falas e declarações públicas das autoridades venezuelanas ainda geram preocupação no Brasil.

Amorim disse a Maduro que a situação pode ficar fora de controle rapidamente e o Brasil não quer uma guerra na região.

A Amazônia é uma região importante para o Brasil e pode haver conflitos com outros países, como os Estados Unidos, em defesa da Guiana. Além disso, haveria vidas perdidas dos dois lados e o risco de invadir território brasileiro.

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O único acesso da Venezuela para a Guiana por terra é por meio de uma estrada que passa pelo Brasil. O ministro da Defesa, José Múcio, disse ao analista Caio Junqueira que o Brasil não vai permitir acesso à estrada.

Outras opções seriam via terrestre ou aquática. A área é muito selvagem, com uma densa floresta tropical.

Os especialistas no governo e nas Forças Armadas acreditam que Maduro tem desejo de alterar a temática na Venezuela, deixando de lado as eleições presidenciais e procurando reunir a população contra um inimigo comum. A invasão à Guiana, por sua vez, seria considerada uma bravata.

Estamos acompanhando de perto o risco de qualquer ação errada dos venezuelanos relacionada a questões diplomáticas ou militares. Hoje, após a realização do referendo, o Exército brasileiro não observou nenhuma movimentação na área.

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