A trajetória política da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi caracterizada por uma série de controvérsias, culminando em sua recente saída do Brasil após uma condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A parlamentar anunciou na terça-feira (3) que está fora do país, em meio a desdobramentos judiciais de suas ações.

Zambelli alcançou destaque inicialmente em 2015, ao assinar o pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Desde então, sua trajetória política tem sido marcada por eventos polêmicos e disputas judiciais.

Eleita deputada federal em 2018 com 76 mil votos, Zambelli se destacou como uma das principais defensoras do ex-presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional. Em 2022, foi reeleita com uma votação expressiva de 946 mil votos, tornando-se a segunda deputada federal mais votada em São Paulo.

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Em 2020, a deputada gerou controvérsia ao defender o uso da cloroquina, fármaco sem comprovação de eficácia contra a COVID-19. Em seguida, em antecipação ao segundo turno das eleições de 2022, Zambelli protagonizou um incidente em que intimidou um homem negro que possuía uma arma, o que levou a um processo criminal.

Em julho de 2023, a situação da deputada se agravou com a divulgação por um hacker de sua suposta associação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Esse fato resultou em uma denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e, em seguida, em sua condenação pelo STF a 10 anos de prisão em maio de 2025.

A série de atos judiciais compreende também a cassação de seu título pelo Tribunal Regional Eleitoral em janeiro de 2025. A decisão de deixar o país acontece em um período de intensa pressão política e jurídica.

Fonte por: CNN Brasil