Analise os fatores que influenciaram a decisão de Lula de demitir Cida Gonçalves

O Ministério das Mulheres será liderado por Márcia Lopes, que também exerceu a função de ministra em 2010, sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, à frente do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

05/05/2025 17h52

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decidiu demitir, na segunda-feira (5), Cida Gonçalves do cargo de Ministra das Mulheres.

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A CNN apurou que entre as razões que motivaram a demissão estão o relacionamento da ex-ministra com a primeira-dama Rosângela da Silva e declarações inconvenientes sobre seu convívio com alguns ministros.

Em fevereiro, Cida divulgou à Comissão de Ética da Presidência da República que a então chefe de gabinete, Janja, frequentemente interrompia as agendas.

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A ex-ministra das Mulheres afirmou, na ocasião, que desconhecia contatos de Alexandre Padilha (época, ministro das Relações Institucionais; hoje, da Saúde) e de Marcio Macêdo (secretário-geral da Presidência).

Além das tensões políticas com o Palácio do Planalto, Cida também enfrentava críticas no governo em relação à sua atuação no ministério, que não estava gerando destaque para a área.

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Assédio Moral

Cida renunciou à Comissão de Ética da Presidência em fevereiro devido a um processo em que era acusada de assédio moral.

As denúncias, conforme relatos de servidoras — que anexaram situações ao processo — incluíam ameaças de demissão, cobrança de trabalho em curto prazo, tratamento hostil, manifestações de preconceito e gritos.

No período, o Ministério das Mulheres declarou que não existiam registros formais das ocorrências nos canais de denúncia da Corregedoria da pasta, bem como que não foi informado sobre denúncias realizadas em outros órgãos.

Ademais, conforme apurado pela CNN, Cida também teria sugerido apoio financeiro a uma servidora para que ela se candidatasse na eleição de 2026, em troca do silêncio em uma denúncia sobre racismo.

Posteriormente, o processo foi encerrado.

Mudança de direção.

Apesar das críticas e questionamentos já existentes, em entrevista a jornalistas nesta segunda, a ex-ministra afirmou que nada disso influenciou na decisão de Lula.

“Estou calma, leve, feliz, acredito que não é uma troca por incompetência, por assédio, por rivalidade, não é isso. É uma mudança de direção, de momentos. Há momentos em que se chega ao limite do esgotamento do que se pode progredir, expandir”, declarou.

Luísa foi convidada por Lula para comparecer ao evento, acompanhada de Márcia Lopes. A assistente social, professora e filiada ao PT, já exerceu o cargo de ministra no Desenvolvimento Social.

Com informações de Gabriela Prado, Jussara Soares e Tainá Falcão, em Brasília.

Fonte: CNN Brasil

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