Analise os impactos imediatos da alta dos preços praticada por Trump no Brasil e identifique os itens com isenção

Ação pode reduzir os efeitos do aumento de 50% nas tarifas cobradas por Donald Trump sobre o Brasil; café brasileiro se destaca nas exportações para o m…

29/07/2025 18h06

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TURNBERRY (United Kingdom), 28/07/2025.- US President Donald J. Trump gestures during a meeting with the British prime minister at the Trump Turnberry golf resort in Turnberry, Scotland, Britain, 28 July 2025. President Trump is on a private trip to Scotland to visit his golf courses. (Reino Unido) EFE/EPA/TOLGA AKMEN / POOL

O Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, declarou nesta terça-feira (29) que produtos não cultivados em solo norte-americano – como cacau, manga, abacaxi e café – podem ser isentos de tarifas de importação. A afirmação ocorre vésperas da implementação da nova taxa de cinquenta por cento imposta por Donald Trump sobre todos os produtos brasileiros exportados aos EUA. A medida iniciará a valer na próxima sexta-feira (1º).

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Apesar de não mencionar diretamente o Brasil, Lutnick ressaltou que a tarifa zero seria aplicada a produtos que os EUA não produzem internamente. “O presidente [Trump] incluiu que, se você cultivar algo e nós não cultivarmos, isso pode chegar a zero. Portanto, se fizermos um acordo com um país que cultiva manga ou abacaxi, eles podem entrar sem tarifa. O café e o cacau seriam outros exemplos de recursos naturais”, disse o secretário em entrevista à emissora norte-americana CNBC.

Impactos diretos no Brasil

Os Estados Unidos são os maiores consumidores de café brasileiro – tanto para torra completa quanto para torra incompleta. Em junho, o país importou 15,9% do café sem torra comercializado pelo Brasil, totalizando US$ 148,2 milhões. Já no segmento de café torrado, que engloba extratos e essências, os norte-americanos representaram 23,4% das compras, gerando US$ 21 milhões.

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Nos Estados Unidos, houve a maior demanda por cacau em junho, representando 42,6% das compras de produtos como manteiga, pasta e cacau em pó, o que equivaleu a US$ 22,5 milhões. Em relação a chocolates e outras preparações alimentícias com cacau, os norte-americanos ficaram em segundo lugar em volume de compras, ficando atrás apenas da Argentina, com gastos na ordem de US$ 2,4 milhões.

A resposta do governo brasileiro

Diante da agressão comercial dos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituiu um comitê interministerial para analisar os efeitos da nova tarifa e formular respostas. O grupo é coordenado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que também preside o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Desde sua formação, o comitê tem ouvido representantes de setores empresariais impactados.

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Contexto tarifário

O anúncio do tarifário foi feito por Donald Trump em 9 de julho, afirmando que a medida seria uma retaliação à postura do governo brasileiro em relação à liberdade de expressão de empresas norte-americanas e ao tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro, que permanece inelegível até 2030, responde a ações no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado e por ameaças ao Estado Democrático de Direito. Segundo Trump, os processos configurariam uma “caça às bruxas” e deveriam “terminar imediatamente”.

A aplicação da taxa de 50% entrará em vigor a partir de 1º de agosto e poderá impactar significativamente os setores do agronegócio e da indústria brasileira, caso produtos como café, manga, cacau e abacaxi não recebam tratamento diferenciado, conforme indicado pelo secretário norte-americano.

Fonte por: Jovem Pan

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