Análise: Prêmio Domo de Ouro nos EUA reacende debate sobre hegemonia no setor espacial
O recente sistema de defesa antimísseis dos Estados Unidos gera reações da Rússia e da China, suscitando preocupações sobre a governança do espaço e a possibilidade de escalada militar.

O anúncio do Domo de Ouro nos Estados Unidos levantou preocupações globais sobre uma possível nova corrida armamentista e a urgência na renegociação de acordos sobre armas nucleares. O sistema de defesa antimísseis americano tem gerado repercussões importantes entre potências como Rússia e China.
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Além das implicações domésticas relacionadas ao financiamento e o envolvimento do setor privado, a Estação Espacial Internacional levanta questões cruciais no cenário internacional. A analista Fernanda Magnotta destaca que o debate sobre a governança do espaço deve ser reacendido, exigindo diáentre as nações e uma possível reavaliação de acordos e tratados.
Tratados sob ameaça.
São citados dois acordos relevantes neste contexto: o Tratado de Mísseis Antibalísticos dos anos 70 e o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário. Ambos foram firmados durante a Guerra Fria entre os EUA e a União Soviética com o objetivo de impedir uma mobilização destrutiva de armamentos. Contudo, nos últimos anos, os Estados Unidos se retiraram desses acordos, justificando a decisão com alegações de violações por parte da Rússia.
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A falta de instrumentos jurídicos para regular essas práticas tem suscitado preocupações. O Domo de Ouro enfatiza a necessidade de repensar como o direito internacional e os países abordam essas questões, considerando que existe o risco de uma “corrida armamentista 2.0”.
Riscos e desafios
A estrutura de pontes de ouro é apresentada como um sistema de defesa para interceptar ameaças aéreas nos Estados Unidos, contudo, seu acesso ao espaço sideral e capacidade de mapeamento suscitam dúvidas sobre a exclusividade de seu emprego para fins defensivos.
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A conjuntura presente, com países adotando decisões isoladas e desconsiderando os meios de diádiplomático, pode resultar em uma perda generalizada de controle. Embora seja improvável que os Estados Unidos desistam de uma decisão considerada essencial para sua segurança nacional, o aumento da percepção de uma ameaça coletiva pode incentivar as nações a retomarem o diáe a renegociarem acordos que foram anteriormente abandonados.
Fonte: CNN Brasil