Antigo assessor de Bolsonaro argumenta em favor da “mea culpa” em relação a 8 de janeiro

Fábio Wajngarten critica as invasões às sedes dos Três Poderes, ao mesmo tempo em que questiona as penas impostas pelo STF.

03/07/2025 13h33

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(Imagem de reprodução da internet).

Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social do governo Jair Bolsonaro (PL), declarou que a direita brasileira deve realizar uma autoanálise em relação aos acontecimentos de 8 de janeiro de 2023. A afirmação foi feita em entrevista à CNN Brasil, publicada na quarta-feira (2.jul.2025), um dia após o depoimento do advogado da Polícia Federal (PF) em Brasília.

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É necessário que o lado direito passe por momentos de reflexão, e realize um “mea culpa” em relação a 8 de janeiro. Não devemos ter palavras brandas para criticar aqueles que invadiram, que depredaram e que entraram sem autorização”, declarou Wajngarten.

O ex-secretário criticou as invasões e destruições nas sedes do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto, embora tenha questionado a classificação dos eventos como uma tentativa de golpe de Estado.

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Na terça-feira (1º de julho de 2025), Wajngarten compareceu à sede da Polícia Federal para depor no inquérito que apura possíveis contatos irregulares com o tenente-coronel Mauro Cid em relação ao acordo de desம்பramento do militar. O ex-secretário afirma não ter realizado os contatos.

Na entrevista à CNN, o advogado criticou as penas impostas pelo STF aos indivíduos envolvidos nos ataques. Ele argumentou que os acusados deveriam ter seus julgamentos concluídos de maneira justa e individualizada. Wajngarten mencionou o caso de Débora Rodrigues dos Santos, condenada por cinco crimes após publicar “perdeu, mané” com batom na estátua da Justiça.

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Wajngarten, figura próxima de Bolsonaro, não é acusado na investigação sobre a tentativa de golpe em curso no STF. O ex-presidente, por outro lado, responde a um processo naquela Corte.

O ex-assessor declarou que Bolsonaro deverá ser o candidato da direita, mesmo com sua inelegibilidade até 2030. Segundo ele, a falta do ex-presidente tornaria as eleições “não democráticas”.

Se Bolsonaro não puder concorrer, o advogado defendeu a formação de uma “chapa pura”. “O bolsonarismo tem que ditar as regras. Não pode ser capturado porque não carrega de fato as mesmas bandeiras”, afirmou.

Em depoimento ao STF no mês passado, Jair Bolsonaro negou ter incentivado os atos de 8 de janeiro, considerando “malucos” os brasileiros que solicitavam intervenção militar para remover o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do Palácio do Planalto.

Fonte por: Poder 360

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