Antigo assessor de Bolsonaro desmente ter realizado vigilância ilegal de Moraes

Marcelo Câmara declara que as informações divulgadas sobre os movimentos do ministro visavam aproximá-lo do ex-presidente para o alinhamento de pautas.

1 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

O coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, negou ter efetuado o acompanhamento ilegal do ministro Alexandre de Moraes. Câmara está preso e foi ouvido, por videoconferência, pelo Supremo Tribunal Federal, como um dos réus do núcleo 2 da ação penal da trama golpista ocorrida durante o governo do ex-presidente. O grupo é acusado pela Procuradoria-Geral da República de planejar ações para tentar manter a permanência ilegítima de Bolsonaro no poder, em 2022.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Diante de questionamentos do juiz auxiliar Moraes, relator do caso, Câmara afirmou não ter realizado o monitoramento ilegal imputado à acusação, respondendo apenas às solicitações do militar, conforme a denúncia.

Segundo a denúncia da PGR, em uma das mensagens de dezembro de 2022, Câmara informou à Cid que Moraes estaria em São Paulo e se referiu ao ministro como “professora”. “Partiu o termo professora pelo Cid, inclusive ele diz que foi uma brincadeira e eu ingressei nessa brincadeira. Eu não tinha o objetivo de esconder nada, pelo contrário”, afirmou.

LEIA TAMBÉM!

De acordo com o ex-assessor, as informações fornecidas sobre os deslocamentos do ministro visavam “aproximar o presidente” e “ajustar agendas”. “Nosso objetivo ao receber essa solicitação era para ajuste de agenda e, principalmente, uma aproximação com o ministro [Moraes]. Queríamos evitar uma série de problemas”, completou.

Durante a audiência, o ex-assessor também negou envolvimento no plano “Punhal Verde Amarelo”. A Procuradoria-Geral da República informou que o plano previa ações para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente, Geraldo Alckmin.

O depoimento dos réus constitui uma das últimas etapas da ação penal. A previsão é que o julgamento que determinará a condenação ou absolvição dos acusados do núcleo 2 se realize ainda em 2024.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A denúncia da PGR sobre a trama golpista foi estruturada em quatro núcleos. O núcleo 1, composto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e sete réus, foi ouvido no mês passado. Essa etapa do processo está nas alegações finais, última fase, e deve ser julgada em setembro.

Com informações da Agência Brasil

Publicado por Nótaly Tenório

Fonte por: Jovem Pan

Sair da versão mobile