Após nova determinação do IOF, Câmara possui 42 projetos que suspendem alterações

A Assembleia Nacional deve avaliar na segunda-feira (16) a urgência do projeto que revoga a regra estabelecida pelo governo.

14/06/2025 4h35

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(Imagem de reprodução da internet).

A oposição, com apoio de partidos da base do governo, já apresentou 42 projetos no Congresso para impedir os decretos do governo.

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Apesar da “recalibração” do Executivo, que publicou uma nova regra na quinta-feira (11), foram protocoladas 14 propostas para anular o novo texto. A CNN apurou que, no total, 37 projetos foram apresentados na Câmara e cinco no Senado desde o primeiro anúncio das mudanças no IOF, em maio.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), agiu em resposta à insatisfação dos parlamentares ao tratar da urgência para a derrubada do decreto do IOF.

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Se for aprovada a urgência, o texto poderá ser analisado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões da Casa. Na prática, a tramitação da proposta será acelerada.

O chefe do governo, José Guimarães (PT-CE), desmentiu que exista uma “crise” sobre o assunto. Ele declarou que o acordo com Motta e os líderes partidários é para votar apenas a urgência e não o mérito da proposta em si. A oposição, contudo, pretende votar no mesmo dia o projeto.

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A CNN apurou que a oposição pretende incluir na tramitação o arquivamento de todos os projetos que abordam a revogação dos decretos relacionados ao IOF. Na sessão plenária, o grupo busca elaborar um texto substitutivo para reunir as anulações dos três decretos que modificam as regras do IOF publicados a partir de maio.

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A grande parte das proposições de projetos de lei que tramitam no Congresso é originária da oposição, com 25 iniciativas apresentadas por parlamentares do Partido Liberal (PL) e do Novo.

Algumas das propostas, contudo, têm a autoria de parlamentares de partidos da base aliada do governo que exercem cargos em ministérios na Esplanada dos Ministérios. Trata-se de iniciativas de integrantes do União Brasil, PP, MDB e Republicanos.

Um projeto conta com a assinatura de 34 deputados do União Brasil, totalizando 60 integrantes na bancada. A sigla lidera três ministérios do governo Lula: Comunicações, Turismo e Desenvolvimento Regional. Em parceria com o PP, o partido informou que irá analisar uma possível ação contra os aumentos anunciados pelo Executivo.

O levantamento analisou as matérias divulgadas a partir de 22 de maio, data em que o governo anunciou as primeiras alterações nas alíquotas, até sexta-feira (13), após o novo decreto que visava ajustar o aumento.

As PDLs são medidas que regulamentam ou revogam ações do Poder Legislativo. Caso sejam aprovadas, esses instrumentos não sofrem o processo de sanção presidencial.

A elevação da taxa de IOF foi inicialmente divulgada em 22 de maio, e no mesmo dia, o governo promoveu uma revisão parcial. Diante da reação negativa no mercado, o Ministério da Fazenda cancelou o aumento do imposto para investimentos de fundos nacionais no exterior.

A insatisfação do empresariado e de parlamentares levou a liderança do Congresso a estabelecer um prazo para que o governo revisasse as medidas. O governo divulgou na quarta-feira (11) um novo decreto “recalibrando” as alterações no IOF, em conformidade com o pacote de propostas alternativas elaborado pela equipe econômica.

A meta do governo com as modificações no IOF visava aumentar a arrecadação para equilibrar as contas públicas, com projeção de R$ 18 bilhões em 2025 e R$ 37 bilhões em 2026. Após as novas alterações, a estimativa é de arrecadar aproximadamente R$ 7 bilhões.

Fonte por: CNN Brasil

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