Após o resultado polêmico envolvendo Boca Juniors e River Plate, Milei elogia a postura dos brasileiros e discorre sobre o modelo SAF

A diferença em desempenho esportivo com o Brasil é notável nos últimos anos.

27/06/2025 14h37

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente da Argentina, Javier Milei, utilizou suas redes sociais para manifestar elogios ao futebol brasileiro e comentar a transformação dos clubes argentinos em SADs (SAF, na Argentina), após a eliminação de Boca Juniors e River Plate ainda na primeira fase da Copa do Mundo de Clubes.

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As críticas também foram direcionadas ao presidente da Federação Argentina de Futebol, Claudio Tapia, que se opõe a essa forma de administração no país.

Não River, nem Boca. Sem argentinos no Mundial de Clubes. O Brasil foi com quatro times, e todos avançaram. Continuaremos a questionar o fracasso do modelo Chiqui Tapia? Um campeonato frágil, com 30 equipes, sem competitividade, sem SAFs, sem incentivos. Não corresponde ao enorme público argentino que preenche estádios em todo o mundo. Insisto, Chiqui Tapia e seu círculo mínimo causam prejuízo ao futebol argentino.

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Apesar da Argentina ter vencido o último Mundial em 2022, com Lionel Messi em destaque, nos últimos anos a distância entre clubes brasileiros e argentinos tem gerado um desequilíbrio técnico e econômico, refletindo-se nos desempenhos e conquistas nas competições continentais.

Essa tendência se intensificou, notadamente com o desenvolvimento na gestão de clubes como Palmeiras e Flamengo, que conquistaram, em momentos alternados, a Copa Libertadores entre 2019 e 2022, e com o surgimento de clubes que se tornaram SAF no país, como Atlético-MG e Botafogo, que, por coincidência, disputaram a final da competição em 2024.

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Desde 2019, com a realização de uma final única da Copa Libertadores, apenas dois clubes disputaram a decisão, como River Plate em 2019 e Boca Juniors em 2023, porém ambos sofreram derrotas.

Atualmente, o controle e a posse são totalmente brasileiros, registrando seis sucessivos, o que gera preocupação não apenas aos gestores argentinos, mas também às autoridades.

No término do último ano, Milei revogou um decreto que concedia incentivos fiscais aos clubes de futebol do país, o que contrasta com a intenção de que os clubes se transformem em empresas.

A partir de novembro de 2024, o Governo da Argentina permitiu o investimento privado no futebol argentino, com a autorização para a conversão em Sociedades Desportivas (SADs).

O Brasil é inegavelmente o país mais rico da América do Sul e o futebol brasileiro é consequência dessa condição. E a diferença em relação aos nossos “irmãos” será ainda mais evidente com o surgimento da Liga, mas para isso é necessária uma convergência de interesses dos dois movimentos que atualmente existem em defesa de um mesmo futebol nacional, analisa Cristiano Caús, sócio fundador responsável pela área de Direito Desportivo na CCLA Advogados.

A principal barreira para essa mudança reside no conflito com Claudio Tapia, presidente da Associação do Futebol Argentino desde 2017, que tem conseguido mobilizar os clubes mais tradicionais do país, como o Boca Juniors, fazendo com que estas medidas cautelares acabem na Justiça e impeçam essa liberação.

A relutância do Boca Juniors em se tornar SAF está relacionada também a questões políticas. Em meados de 2024, o Governo da Argentina havia autorizado o investimento privado no futebol argentino a partir de novembro do mesmo ano, permitindo a conversão em Sociedades Desportivas (SADs).

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Fonte por: CNN Brasil

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