A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi novamente criticada por parlamentares na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, na quarta-feira (2), e afirmou que alguns deles só demonstram desrespeito.
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Ela comparecia à reunião para fornecer explicações acerca do aumento das queimadas e do desmatamento na Amazônia.
“O desrespeito às vezes é a única coisa que as pessoas que não conhecem o respeito são capazes de oferecer”, afirmou Marina.
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Após a sessão, que ultrapassou as seis horas, o presidente da comissão, Rodolfo Nogueira (PL-MS), declarou-se insatisfeito com as respostas da ministra pela “quantidade de narrativas” nos discursos.
Enquanto falava, o microfone de Marina estava desligado e ela respondeu aos ataques do presidente. Segundo Nogueira, o ministério tem atuado com lentidão no combate aos incêndios no Pantanal. “Foque nos incêndios criminosos que estão acontecendo no Pantanal, que emanam da comunidade indígena”, declarou.
“Ministra, eu deixei a senhora falar e queria concluir com a educação”, prosseguiu o presidente.
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“Estou com dificuldades”, respondeu a ministra, mesmo sem microfone.
O deputado Evair de Melo (PP-ES) elevou o tom durante a sessão ao criticar a gestão da ministra e declarar que suas declarações eram destinadas apenas à militância. Ele afirmou que Marina enfrentava “dificuldades com o agronegócio“.
O deputado afirmou que a senhora enfrenta dificuldades no agronegócio por nunca ter trabalhado, nunca ter produzido e não saber o que é a prosperidade construída pelo trabalho.
Marina respondeu com firmeza, contudo, preservando a serenidade.
Hoje pela manhã, realizei uma longa oração e supliquei a Deus para que me concedesse serenidade, pois compreendia que, após o ocorrido no Senado, as pessoas considerariam a situação ainda mais grave. Contudo, acredito que Ele me atendeu, visto que estou em paz.
Discussão no Senado
O incidente na Câmara ocorreu semanas após uma divergência entre Marina Silva e os senadores Marcos Rogério (PL-RO) e Plínio Valério (PSDB-AM), durante reunião da Comissão de Infraestrutura do Senado, em maio.
Membros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defenderam a ministra nas redes sociais. Em entrevista à CNN, Marina declarou ter se sentido agredida, porém não intimidada.
Sob a supervisão de Douglas Porto.
Fonte por: CNN Brasil