Após Trump afirmar que Khamenei é “alvo fácil”, o líder supremo iraniano declara que o Irã não cederá

O aiatolá, em sua primeira declaração em rede de televisão desde o início do conflito, afirmou que a possível participação dos EUA “inevitavelmente causará danos irreparáveis”.

18/06/2025 11h57

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Tehran (Iran (islamic Republic Of)), 02/10/2024.- A handout photo made available by the Iranian supreme leader office shows Iranian Supreme Leader Ayatollah Ali Khamenei greeting the crowd during a ceremony in Tehran, Iran, 02 October 2024. Khamenei said that 'all the region's problems are because of interfere of US and its allies'. Iran has launched dozens of missiles directed at Israel on 01 October 2024, state media reported quoting the Islamic Revolutionary Guard Corps (IRGC). The attack was a 'retaliation for different assassinations' carried out by Israel and 'the crimes in Palestine and Lebanon', IRGC said. (Líbano, Teherán) EFE/EPA/LEADER OFFICE HANDOUT HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES

No sexto dia de um conflito entre Israel e Irã, o líder supremo iraniano, Aiatolá Ali Khamenei, considerou inaceitável a exigência de Donald Trump para uma rendição. Em sua primeira fala em rede de televisão desde o início da guerra, lida por um apresentador, Khamenei afirmou nesta quarta-feira (18) que a possível entrada dos EUA no conflito “será acompanhada sem dúvidas por dano irreparável”. O republicano declarou na terça-feira (17) que Khamenei era “um alvo fácil” para os EUA e Israel, e intensificou suas exigências: “RENDIÇÃO INCONDICIONAL!”. O país, em resposta, afirmou que, se necessário, poderia retaliar, atingindo alvos americanos na região, como a frota naval na costa do Bahrein e bases no Iraque e Kuwait.

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Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, mencionou a possibilidade de uma mudança de regime no Irã. Apesar de não ser o objetivo principal de Israel, Saar afirmou que uma mudança de regime poderia ser uma consequência do conflito. O país está focado em danificar as instalações nucleares e de mísseis balísticos do Irã, além de enfraquecer sua proposta de eliminar o Estado de Israel. A sucessão de Khamenei, que tem 86 anos e saúde debilitada, permanece incerta. Possíveis sucessores incluem seu filho ou membros da oposição iraniana, que, embora contrários ao atual regime, não são necessariamente pró-Israel.

A falecimento de Khamenei pode gerar um impacto notável na política nuclear do Irã, considerando que ele proferiu um decreto religioso contra o emprego de armas nucleares. O professor de relações internacionais, Marcus Vinicius, aponta que a teocracia iraniana, onde a religião prevalece sobre o Estado, enfrenta dificuldades internas, porém o islamismo continua a expandir-se globalmente, exercendo influência na política e na sociedade em diversas regiões. Nesse contexto de crise, a Venezuela identifica uma chance de obter vantagens com uma possível interrupção do Estreito de Ormuz, o que impactaria o mercado de petróleo. Apesar das divergências com o governo de Nicolás Maduro, a comunidade internacional poderia buscar acordos com a Venezuela para atender à demanda energética.

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Fonte por: Jovem Pan

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