No sexto dia de um conflito entre Israel e Irã, o líder supremo iraniano, Aiatolá Ali Khamenei, considerou inaceitável a exigência de Donald Trump para uma rendição. Em sua primeira fala em rede de televisão desde o início da guerra, lida por um apresentador, Khamenei afirmou nesta quarta-feira (18) que a possível entrada dos EUA no conflito “será acompanhada sem dúvidas por dano irreparável”. O republicano declarou na terça-feira (17) que Khamenei era “um alvo fácil” para os EUA e Israel, e intensificou suas exigências: “RENDIÇÃO INCONDICIONAL!”. O país, em resposta, afirmou que, se necessário, poderia retaliar, atingindo alvos americanos na região, como a frota naval na costa do Bahrein e bases no Iraque e Kuwait.
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Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, mencionou a possibilidade de uma mudança de regime no Irã. Apesar de não ser o objetivo principal de Israel, Saar afirmou que uma mudança de regime poderia ser uma consequência do conflito. O país está focado em danificar as instalações nucleares e de mísseis balísticos do Irã, além de enfraquecer sua proposta de eliminar o Estado de Israel. A sucessão de Khamenei, que tem 86 anos e saúde debilitada, permanece incerta. Possíveis sucessores incluem seu filho ou membros da oposição iraniana, que, embora contrários ao atual regime, não são necessariamente pró-Israel.
A falecimento de Khamenei pode gerar um impacto notável na política nuclear do Irã, considerando que ele proferiu um decreto religioso contra o emprego de armas nucleares. O professor de relações internacionais, Marcus Vinicius, aponta que a teocracia iraniana, onde a religião prevalece sobre o Estado, enfrenta dificuldades internas, porém o islamismo continua a expandir-se globalmente, exercendo influência na política e na sociedade em diversas regiões. Nesse contexto de crise, a Venezuela identifica uma chance de obter vantagens com uma possível interrupção do Estreito de Ormuz, o que impactaria o mercado de petróleo. Apesar das divergências com o governo de Nicolás Maduro, a comunidade internacional poderia buscar acordos com a Venezuela para atender à demanda energética.
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Fonte por: Jovem Pan