Arapuã: Falência Histórica da Gigante do Varejo Brasileiro Marcada em 2002

Arapuã: gigante do varejo brasileiro entra em falência em 2002. A data, 27 de julho, marca o fim de um império que outrora dominou o mercado. Saiba mais!

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(Imagem de reprodução da internet).

Em 2002, um marco sombrio para o comércio brasileiro: a falência da Arapuã, uma das maiores redes varejistas do país. A data, 27 de julho, marca o lembrete de um fim que reverberou por décadas. A história da Arapuã, que um dia ostentou 265 lojas, começa em 1952, com Jorge Wilson Simeira Jacob, que herdou uma pequena loja de tecidos em Lins, interior de São Paulo.

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O Início da Diversificação

Percebendo o potencial além do setor têxtil, Jorge Wilson começou a vender liquidificadores Walita, um movimento que impulsionou a diversificação do negócio. De acordo com informações do portal Exame, a abertura da segunda loja na mesma cidade, em 1952, foi o início da expansão da futura rede varejista.

Consolidação e Expansão

Nas décadas de 1970 e 1980, a Arapuã se consolidou como uma das principais varejistas, impulsionada pela aquisição do sistema de crediário, que facilitava o parcelamento de eletrodomésticos e incentivava o consumo popular. Em 1971, a empresa acelerou sua expansão, contando com cerca de 100 unidades e investindo em diversificação.

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A empresa adquiriu a construtora Lótus e a indústria de alimentos Duchen, ampliando sua atuação para além do varejo tradicional.

O Auge e a Mudança de Estratégia

O período entre o final dos anos 1980 e o início dos anos 1990 representou o auge da Arapuã, com 265 unidades, preços competitivos e uma forte reputação entre os consumidores. Jorge Wilson, após uma visita aos Estados Unidos, decidiu reposicionar a marca, concentrando a operação em eletroeletrônicos.

Essa mudança, no entanto, resultou no fechamento de 120 lojas e na redução do catálogo de produtos, de 7.500 para 700 itens, coincidindo com a abertura de capital da empresa.

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Desafios e Crise

Apesar dos resultados positivos em 1996, com R$ 2,2 bilhões em faturamento e lucro líquido de R$ 119 milhões, a Arapuã enfrentou desafios significativos. A crise financeira asiática de 1997, com altos juros e a redução de investimentos estrangeiros, aumentou os custos da empresa, diminuiu sua margem de lucro e agravou seu endividamento, que ultrapassou R$ 1 bilhão.

Falência e Recuperação Judicial

Diante da crise, a Arapuã entrou em recuperação judicial, buscando reorganizar suas operações e ampliar seu portfólio. No entanto, a empresa não conseguiu retomar o equilíbrio financeiro. Em 2002, a Justiça de São Paulo decretou a falência, mas a empresa reverteu a decisão no Tribunal de Justiça.

Em 2009, o STJ aceitou o pedido de falência, após recurso de credoras.

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